domingo, 22 de março de 2009

Álbuns que fazem você dizer "PQP"!

Queen - A Night at the Opera

Eu nunca gravei um álbum. Na verdade, nem uma música. Mas eu acho que quando uma banda grava um álbum supremo, ela sabe que ele será um clássico. Acho que a banda percebe que fez uma obra-prima. Pra mim, um exemplo perfeito desse caso é o A Night at the Opera, dos britânicos do Queen.

A Night at the Opera

A capa de A Night at the Opera (1975)

Muita gente pode discordar. E isso é justo. O Queen não é uma banda fácil. Apesar de possuírem mega sucessos, muitos não os consideram bons o suficiente para gravar álbuns fenomenais, apenas músicas fenomenais. Mas, muitos que falam isso, imagino eu, nunca tenham ouvido um disco do Queen inteiro e com atenção necessária. Eu sugiro que o façam com o A Night at The Opera.

Este foi o quarto disco da banda, lançado em 1975. De acordo com a Wikipédia (God Bless the Wikipédia!), a banda foi considerada extravagante na época, pois gravaram um instrumento em cada estúdio. Segundo Freddie Mercury, isso era apenas perfeccionismo.

É uma pena que as músicas do Queen não cantadas por Freddie Mercury são muito pouco conhecidas. Neste álbum temos exemplos diversos.

Vamos lá ao que interessa, o faixa a faixa:

  1. Death on Two Legs - a primeira faixa abre o álbum com uma introdução de piano que quase diz: "Hey cara, ai vem um álbum f*da. Escute até o fim!" É uma faixa linda, uma das melhores do disco. Belo solo de guitarra, os famosos backing vocals, uma pena não ter se tornado um grande hit. Segundo a Wikipédia, a música foi feita em uma "não-homenagem" ao empresário da banda à época, afastado por conduta financeira pouco honesta.
  2. Lazing on a Sunday Afternoon - uma música com a cara do Queen. Mas muito a cara do Queen mesmo! Pena ela só ter 1:07.
  3. I'm in Love with my Car - no encarte diz: Dedicated to Johnathan Harris, boy racer to the end. Johnathan foi roadie da banda e possuía um Triumph TR4. A música é cantada pelo baterista Roger Taylor. Tem uma introdução triunfal.
  4. You're my Best Friend - um dos maiores hits do Queen, foi composta por John Deacon em homenagem à sua esposa Veronica Tetzlaff.
  5. '39 - Com letra, música e vocais de Brian May. Uma balada linda, daquelas que o refrão ("Don't you hear my call / Though you're many years away / Don't you hear me calling you"), com direito à backing vocals de Freddie Mercury faz você arrepiar.
  6. Sweet Lady - Talvez a faixa mais pesada do álbum (considerando que falamos de um Queen de 75), foi escrita por May para ser mesmo uma faixa pesada, com uma linha de baixo agressiva. Tanto que Taylor afirmou ter sido a composição mais dificil que ele havia tocado até então.
  7. Seaside Rendezvous - entrada de piano dos anos 50, que entraria facilmente em um desenho do pica-pau de polainas. Lembra muito as composições do Queen dessa época, com backing vocals, pianos, tubas, trompetes, assovios e uma levada divertida.
  8. The Prophet's Song - Como descrever uma música dessas...? Feita para ser um clássico, são 8:20 de viagem musical. Não consigo descrever. A música tem até um solo em capela (ou coisa do tipo). É quase uma 2112, mas com o Queen e 1/3 do tempo.
  9. Love of my Life - ah, é aquela música que, quando executada ao vivo, não é necessário cantar as letras, o público canta. Você deve conhecer. No Brasil, talvez, essa foi a música do Queen que mais fez sucesso.
  10. Good Company - outra música do May, com o próprio cantando. Uma música "muito bonitinha", com banjo e levada feliz. "Take care of those you call your own, and keep good company."
  11. Bohemian Rhapsody - Minha música favorita. Dentre todas que já ouvi, esta é A MÚSICA pra mim. A revista Rolling Stone a colocou como a música #163 das 500 maiores de todos os tempos. Eu acho que eles não a escutaram como eu escuto. Sério, pra mim não existe música igual. Muitas são as histórias sobre a letra, eu penso assim: é a narração sobre um cara que mata alguém, vai pro inferno e, chegando lá se arrepende. É como eu vejo, não faz sentido, mas eu vejo assim!
  12. God Save the Queen - é, pra fechar um evento como este, nada como um hino.

E, se você ainda não tem essa obra prima, recomendo fortemente!