sexta-feira, 2 de outubro de 2009

O blergh morreu?

Em respeito aos meus 10 ou 11 seguidores, quero informa-los que o blergh não morreu! O que acontece é que mudei de endereço e estou numa parceria com alguns amigos no http://www.planetwide-suicide.com/. Quem conhece sabe que o nome é uma homenagem à música do Tankard ;)

Então é isso, quem puder prestigiar lá, "a gente" agradece!

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Faith No More confirmado no Brasil

Hoje, 11 de agosto de 2009, às 17h15, senhor Roddy Bottum confirma em seu Twitter que o show do Faith No More no Brasil será no Maquinaria Festival, dia 07 de novembro.

Ainda não temos muitas informações sobre o festival, será em São Paulo e, se for como no ano passado, será no Espaço das Américas, próximo à estação Barra Funda não será no Espaço das Américas. Aparentemente, será na Chácara do Jockey - Av. Pirajussara, s/n (altura do 5.100 da av. Francisco Morato). Assim que chegarem as notícias, colocarei mais detalhes.

Detalhes do Evento

Evento:
Maquinaria Festival
Data:
07 de novembro de 2009
Local:
Chácara do Jockey - Av. Pirajussara, s/n (altura do 5.100 da av. Francisco Morato)

Exibir mapa ampliado
Bandas (confirmadas):
Faith No More, Jane's Addiction
Preços:
de R$100,00 (meia) a R$450,00 (vip) - preços não confirmados
Vendas de Ingresso:
Ingresso Rápido a partir de 14 de agosto

É isso ai, começou a campanha "Levem o Kuvas para ver o Faith no More no Brasil".

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Command6 - Banda nacional quebrando tudo!

Antes de você não ler este post, um aviso:

  • Irei aqui falar de uma banda nova, nacional e que está surpreendendo
  • No final do post farei uma promoção

Se ainda assim você quiser passar direto deste post, sinta-se a vontade.

Command6

Command6 (http://www.myspace.com/command6) é uma banda paulista de Metal. É, Metal. Eu pensei aqui, cá com meus botões: "Mas só Metal? Pô, os caras devem ser algo mais além do Metal?". Realmente, eles são mais que uma banda de Metal apenas, mas eles se deram o direito de inovar, misturar e surpreender tanto, que não dá pra definir o álbum como um todo. Não dá pra rotular. Vão desde o industrial, passando pelo hardcore, pitadas thrash metal, metalcore e, ah, melhor escutar. São inovadores.

Ouvindo o som dos caras, dá pra sentir que as influências de cada um são bem diversificadas. Dá pra notar um pouco de tudo no som. E não tem como não notar a qualidade musical. Uma linha de vocal que vai do agradável ao agressivo sem enjoar. E a instrumental sempre alinhada, com bons solos de guitarra entre os riffs(sim, eles têm solos!!) bem acompanhada pelo baixo e a bateria que mudam bastante de faixa para faixa.

A música dos caras chamou a atenção de Vitão Bonesso, que aqui em São Paulo apresenta o Backstage, na Kiss FM e é, sem dúvida, um dos mais respeitados da área. Já apareceram algumas vezes no programa, que vai ao ar aos domingos às 22h.

Command6 - Evolution?

A capa do CD "Evolution?"

O álbum de estréia tem a arte impecável de Marcelo Campos, do Ace 4 Trays (banda recomendada também), que faz do encarte do CD uma atração a mais.

E, claro, a promoção

Para ajudar a banda e mostrar pra vocês que eu não estou falando besteira, a promoção é a seguinte: vou disponibilizar um som dos caras. Entre os que ouvirem e deixar um comentário, será sorteado um CD da banda. É só deixar o comentário com um e-mail válido (não será divulgado) e eu entro em contato após o sorteio, que vai rolar dia 20 de agosto. Então não perca tempo, ouça o som da banda e deixe seu comentário a respeito. Só valem os comentários deste post (até mesmo as críticas sobre a banda valem).


Command6 - Before The Storm

Caso você não consiga ouvir o som no Grooveshark, temos o som no myspace da banda e na Roadrunner.

Ou, na versão ao vivo no RotaBDG

Se mesmo assim você não conseguir ouvir, me mande um e-mail (kuvasney at gmail) que eu envio o som pra você. O importante é que você ouça e participe da promoção. E, se gostar, aproveita e aparece em um dos shows deles!

Alguns links sobre a banda

Update

O ganhador do CD do Command6 foi o Aloysio França!

Aos que não ganharam, deixo ai o link pra quem quiser baixar o álbum da banda: Command6 - Evolution?.

A todos que pariciparam, divulgaram, comentaram o meu muito obrigado!

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Música para Macho #8

Velhas Virgens - Cubanajarra

A capa do cd Cubanajarra

Você ai, meu amigo leitor, já ouviu falar das Velhas Virgens? Não estou falando daquela sua tia avó crente. Estou falando da banda. Provavelmente sim, mas vou ser mais específico.

A Banda das Velhas Virgens, como foi chamada a princípio, é uma banda de Rock and Roll nacional, formada no início dos anos 90. Você já deve ter ouvido alguma coisa deles por ai. A famosa "Abre Essas Pernas" é tocada em tudo que é lugar. Aquela música onde o cara faz um leilão pela mulher e bla bla bla. Bom essa ai tá no segundo álbum deles, de 97, chamado "Vocês Não Sabem Como é Bom Aqui Dentro!". Provavelmente você só ouviu isso, não é? Talvez tenha ouvido mais uma ou outra, como a "Beijos de Corpo" que tocou nas rádios no final dos anos 90 (a do refrão: "Nós tamos indo pra zona, nós tamos no maior porre"). Se você ouviu mais que isso, parabéns. Se não, não tem problema, é normal. O cenário nacional nunca deu muita bola pras Velhas. Ainda bem! Por isso eles continuam ótimos.

A banda tem 7 álbuns de estúdio e 2 ao vivo. Estão há quase 22 anos na estrada fazendo um Rock and Roll sem firulas, sem frescuras e muito bem feito. Tirando as baladas de amor (que por sorte são minoria), são uma banda excelente. E são, sem dúvidas, uma banda para machos! Com letras que falam de bebedeiras, mulheres gostosas, churrasco e bebedeiras (sim, tem mais bebedeira do que o resto), conseguem resumir bem a vida de um macho bem resolvido.

E, pra melhorar ainda mais, a banda conta com uma integrante feminina. Sempre gostosa! A primeira foi a dançarina Claudia Lino (aquela que canta na "Abre Essas Pernas"). Depois veio a japinha Lili (ah, a Lili...). Hoje temos a Juju, deliciosa também.

Aliás, geralmente as mulheres não gostam deles por considerarem a banda muito machista. Mas isso elas falam da boca pra fora, pois elas sabem que, na verdade, elas se enquadram em todas as letras. Por exemplo, a letra de "Muito Bem Comida" fala sobre uma garota toda fresca, do tipo boneca. Aí o refrão diz:

Aí caiu nas mãos desse cervejeiro / Olhar matreiro e barriguinha pró / E eu te fiz gozar e ver a vida / Te fiz gemer até não ter mais dó

Sobre bebedeiras, eles tem um hino: Já Dizia o Raul:

Já dizia o Raul: vai e faz o que queres / Pra beber prefiro cerveja / Mas pra comer... eu prefiro as mulheres!
Velhas Virgens

A banda ainda com a Lili

A banda começou muito bem com os álbuns "Foi Bom Pra Você?" e "Vocês Não Sabem Como é Bom Aqui Dentro!". Dois clássicos absolutos do Rock and Roll nacional, de qualidade musical invejável. Tiveram alguns maus momentos, alguns álbuns não tão inspirados, mas o que é certo é que todos os seus álbuns contém clássicos. Podemos destacar as épicas "Morena Lucifer", "Já Dizia o Raul", "Madrugada e Meia", "Uns Drinks", "Blues do Velcro", "Marcia e Amanda" e muitas, muitas outras.

O mais legal das VV é que, depois de 20 anos de estrada, em 2006, eles lançaram o Cubanajarra. Tendo em vista que as bandas vão se limitando com o tempo e lançando álbuns cada vez menos divertidos e criativos, as VV foram no rumo contrário. Cubanajarra é um álbum que se iguala aos primeiros da banda, de qualidade impecável e músicas feitas para serem clássicos, mostrando um verdadeiro respeito com os fãs.

Respeito esse que é marca da banda. Os shows são intensos, longos, com repertórios sempre bem recheados, muita interação com o público e preços bem acessíveis! Se você nunca foi e um dia tiver a chance de ir, não desperdice. É lá que você pode comprovar o porquê eles são realmente uma banda que merece entrar no seletíssimo "Música para Macho". O site dos caras está sempre atualizado, com fotos, histórias. Você pode comprar CDs e camisetas da banda por preços bem acessíveis (nos shows é mais barato ainda). É uma das poucas bandas que eu realmente aprecio. Já fizeram muita merda durante a carreira, mas posso dizer que são uma banda exemplar.

Resumindo: ouça as músicas dos caras. Baixe os cds deles, eles não vão se importar. Se gostar, vá num show e compre (sério, custa barato). No show vende até calcinhas da banda! mas não perca a chance de ver os caras ao vivo e encher a lata junto com eles (só não sei se você vai aguentar o ritmo deles. Os cara não caem).

E deixo com vocês o hit "Se Deus Não Quisesse"!

DevilDriver - Pray for Villains

DevilDriver - Pray For Villains

DevilDriver - Pray For Villains

Para os que não conhecem, ai vai um breve introdução do DevilDriver: surgiram do fim do Coal Chamber (uma das bandas mais legais do movimento New Metal, mas que não conseguiu vingar), quando o então vocalista Dez Fafara resolveu dar um pé na bunda de todo mundo e saiu todo revoltado. Surgiram numa época bem esquisita da música (onde o New Metal caiu na mesmice, deu no saco e as bandas do estilo começaram a entrar em colapso), num momento onde o próprio Dez não sabia o que queria. Lançaram então o álbum de estréia, em 2003, DevilDriver. Não vou aqui descrever o álbum, o que posso dizer é que era bem diferente do que os fãs de Coal Chamber estavam acostumados, mas ao mesmo tempo, meio forçado demais. A banda se auto-entitulava a renascença do verdadeiro metal e isso pegou mal. Começaram com o rei na barriga e, obviamente, todo mundo reclamou.

Depois disso lançaram o The Fury of Our Maker's Hand, um álbum bem pesado também. Aliás, um álbum muito pesado. Mas que não trazia muita coisa, além disso. Um álbum regular.

A partir de 2007 é que as coisas começaram a melhorar. Lançaram o The Last Kind Words, um álbum que até a Encyclopaedia Metallum considerou como Metal. Eu mesmo, um mala-sem-alça chato pra cacete gostei. Aliás, deixe eu me explicar: o que eu não gosto nessas bandas atuais de Metalcore, Groove e coisas do tipo é que elas são muito genéricas. Não arriscam, não mudam. E foi exatamente isso que o DevilDriver fez no seu último álbum, o Pray for Villains. Aliás, a melhora na qualidade musical deles já veio no álbum anterior, mas esse ficou diferente. Neste a banda arriscou, mudou. Está mais madura. É algo que falta no cenário atual. Bandas que nunca tiveram um rótulo definido deveriam tentar arriscar. Pode dar certo.

Basicamente, Pray for Villains é um álbum de Metal, meio Groove, meio Metalcore, beliscando o Thrash e com uma pegada moderna. Riffs bem limpos e um vocal gritado (como é de costume do Dez). O que o diferencia talvez seja mesmo o fato de as músicas estarem mais limpas, com um peso equilibrado e audível. Como disse antes, eu gostei e recomendo. Aliás, ouçam a faixa I've Been Sober. Eu não sei porque, mas ela é engraçada. Parece que ele tá cantando e fugindo de alguem. Meio comendo as palavras, é muito boa. Já na música Resurrection BLVD, o riff principal parece a música que tocava no jogo Top Gear de SNES.

Fica ai como sugestão de sexta-feira. Como reestréia do blergh! (se é que essa vai durar). Eu recomendo.

Vou deixar o vídeo da música-título Pray For Villains (vai ficar ai até o YouTube tirar a pedido da Road$Runner). Já aviso, o clipe é ruim pra cacete!

E, pra quem se acostumou ao Dez Fafara da época do Coal Chamber, veja a diferença! (percebe-se que mudar não é problema pro cara).

Dez Fafara Through Years

sábado, 13 de junho de 2009

Eles voltaram! Faith no More ao vivo novamente!

Sim, não consigo esconder a excitação. Ontém assisti o segundo show da volta do Faith no More, direto do Download Festival na Inglaterra. Quem não viu ainda, no YouTube tá cheio de vídeos.

Fatih No More

O que eu queria deixar claro é a versatilidade com que eles voltaram. Abriram o show com um cover de Reunited, de Peaches & Herb, um clássico do fim dos anos 70, com direito a dueto de Patton com Roddy Bottum. Eu, que sempre tentei me manter longe da babação de ovo ao Mike Patton (sim, sempre deixei claro que a banda para mim era Bordin, Gould e Bottum), vou ter que ajoelhar ao cara cantando. Um palhaço que canta como gente grande. Incrível. O cara entrou de bengala, parecendo o Michael Corleone, aquela gomalina no cabelo e cantou muito! Assustadoramente perfeito.

Para completar, ainda colocaram no setlist, músicas que não costumam tocar com frequência, como Cuckoo for Caca, Take this Bottle e Malpractice (no show de quarta-feira em Brixton Academy ainda tocaram King for a Day).

Simplesmente perfeito. Mike "Puffy" Bordin continua espancando sua bateria, Roddy Bottum agora não se resume apenas a gritar em Be Aggressive, Billy Gould continua sendo (para mim) a alma da banda e o Jon Hudson fez sua parte (não quis ser um novo Jim Martin e nem um mero contrarado).

Dá pra perceber que estou meio empolgado. É, acontece. Aproveito para lançar aqui a campanha: "Levem o Kuvas para o show do Faith No More no Brasil" (porque vai ter que rolar um show aqui). É fácil, basta não me cobrar dinheiro que eu devo, não me pedir nada emprestado e não me tentar com dívidas que, se tudo der certo, terei os prováveis R$250,00 pra ir ao show e poder comentar aqui para vocês! Caso não dê certo, vai ser mais um pra lista dos que não fui (como diria meu finado tio com seu sotaque carcamano: "ah se eu fosse rico").

Deixo vocês aqui com a maravilhosa versão de Reunited, Peaches & Herb, cantado pelo Faith No More:

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Recomendação para o fim de semana

Entombed - Wolverine Blues

Wolverine Blues

A capa também teve uma versão
com o próprio personagem da Marvel

Como puderam perceber, o blergh! foi abandonado momentâneamente. Culpa da minha extrema falta de: dinheiro, paciência, tempo, idéia, sorte, disposição (depois encontro outros motivos).

Para não pensarem que morri, vou deixar uma recomendação rápida aqui, pra vocês relembrarem os maravilhosos anos 90, onde a música era pesada simplesmente por que assim que era bom.

Para quem não sabe, como citado anteriormente, Entombed é a primeira banda de Nicke Andersson, que mais tarde formaria o The Hellacopters. Para mim, é uma banda que muitas outras tentam copiar, mas não conseguem. Se for pra rotular, eu diria que é um Hardcore próximo ao Death Metal, mas só ouvindo pra comprovar.

Aqui vai uma palinha da música-título Wolverine Blues:

É isso, se gostar, deixe um comentário. Se quiser sugerir, fique a vontade pra me mandar um e-mail ou o que quiser! Bom fim-de-semana!

terça-feira, 19 de maio de 2009

Como é difícil resumir os Ramones!

No último churrasco que fiz aqui em casa, num momento de total embriaguez, o meu grande amigo Tatu (vulgo Ricardo Nunes) me fez um pedido muito complicado: "cara, você me deve um post sobre Ramones". Lá se foram dois meses e eu não conseguia encontrar o que escrever. Hoje, eu ainda não encontrei. Vou escrever porquê sou um alegre.

Ramones Logo

Ramones é aquela banda que 99% das bandas (de garagem ou não) tocam ou já tocaram algum cover. E o motivo parece ser bem simples: é a banda dos três acordes. Tirando eu, que sou um zero a esquerda, qualquer mané consegue tirar pelo menos uma música dos Ramones no violão, guitarra ou, até, na bateria. São simples, rápidas (ma maioria das vezes) e diretas ao ponto. Sem solos, sem grandes piruetas musicais, sem muito "nham nham nham" (da piada da freira no carnaval). Tudo muito simples e bem feito. Então, ai podemos resumir o motivo das bandas fazerem covers dos Ramones. PONTO FINAL.

Não. Não podemos, né. Mas, por que não? Pelo simples fato que, se fosse só por isso, todas as bandas fariam também covers de CPM22, Green Day, Misfits, Legião Urbana entre muitas outras. Todas essas bandas citadas ai também faziam músicas bem simples.

Ah, então, talvez seja por um vocalista carismático a frente da banda? Isso! Música simples de tocar + vocalista carismático. Isso ai impulsionou os Ramones, certo? Talvez, mas, ainda assim, acho que não temos um acordo. Legião Urbana e até (até!) Blink 182 tinham essas características. Mas você não vê uma banda que não seja de pop-rock os tocando. Misfits, apesar do Danzig, também pode ser enquadrada. Mas você não anda por aí ouvindo bandas tocarem Last Caress (quando o fazem, muitos associam ao Metallica) ou Dig Up Her Bones. Menos uma então.

Já sei, eles eram engraçados! Tinham letras engraçadas! Será? É, acho que não. Tem mais banda que faz isso ai e a gente nem sabe o nome. Menos uma!

Será, então, pelo fato de se vestirem diferente? Como uma típica gang de New York? Ou porque tinham atitude? Eram aquilo e sempre foram! Será por isso?

Difícil resumir os caras. Mas, basicamente - como sempre, na minha estúpida opinião - eles foram o que foram simplesmente porque tinham algo que pouquíssimas bandas têm: originalidade. Originalidade para serem carismáticos, se vestirem como uma gang, serem engraçados. Originais na atitude e na forma de ser. E, acima de tudo: originalidade para fazer músicas. Qualquer um toca uma música de três acordes, certo? Mas, você ai que está lendo enquanto coça o saco, é capaz de compôr uma música de três acordes e fazer dela um hino? Torná-la mundialmente famosa e reproduzida por todos? Bom, os Ramones fizeram isso com, pelo menos, dez músicas.

Você pode me dizer: "mas eles imitavam MC5, Stoogies, The Cramps..." Sim, até "imitavam", mas se saíram melhores que eles. Todos tinham sua simplicidade. Todos tinham sua "tosquice", mas, por algum motivo, os Ramones se sobressaíram. Principalmente aqui no Brasil, onde arrastavam legiões de fãs.

Pensemos bem. No início dos anos 70, o rock estava numa fase ultra criativa. Saiam as bandas de rockabilly e entravam mosntros como Led Zeppelin, Black Sabbath e Deep Purple. Com composições cada vez mais trabalhadas, mais sofisticadas, o rock foi ficando mais exigente. Aí, chegam as bandas ditas punk rock e enfiam toda a técnica e exigencia no rabo, fazendo nada mais que rock and roll. Se isso não foi atitude, então eu tô falando besteira. Isso engrandeceu a música de uma forma sem fronteiras. Graças a esses caras, hoje até eu posso ter uma banda. Não precisamos ser mestres supremos da técnica e capacidade. Se você fizer algo bem feito, com vontade, consegue convencer todo mundo. É foi isso que Ramones e cia fizeram nos anos 70, dando o pontapé inicial do punk rock (que depois foi cagado e sentado em cima nos anos 2000, com as bandas de emocore tentando seguir seus passos, mas errando no vetor - afinal, a diferença entre cagar e dar a bunda é meramente vetorial).

Com uma discografia bem grande (14 álbuns de estúdio e 4 ao vivo), fica difícil sugerir por onde começar. Na dúvida, comece do primeiro e vá seguindo. Claro, não espere novidades. Não espere se surpreender. Apenas ouça. A melhor coisa dos Ramones é que você não precisa ficar prestando atenção aos mínimos detalhes. É bom porque é bom. Só isso. Letras simples (ou burras), riffs idem. Álbuns com menos de meia hora de música. E um monte de coletâneas. Se você é desses que apreciam coletâneas, não faltam dessts na discografia dos Ramones.

Resumindo de uma forma bem simples? Ramones chuta bundas. Os saldosos Joey, Johnny e Dee Dee Ramone devem se contorcer em seus túmulos ao ouvir os que tentam copiá-los. Descansem em paz, mestres!

domingo, 17 de maio de 2009

Games para Macho #1

De antemão, aviso que a idéia de escrever o "Jogo pra Macho" não é fazer uma análise técnica e minunciosa sobre os jogos, e sim expor quais os mais agressivos e nervosos para quando você estiver de saco cheio do mundo e só pensa em arrancar algumas cabeças e meter bala em tudo que tiver direito.

Claro que levarei em conta a qualidade de produção, gráficos, jogabilidade, para indicar jogos que realmente valham a pena o investimento do nosso suado money.

Obrigado!

GEARS OF WAR

Nada mais justo que começar com meu jogo predileto.

GOW

Talvez o shooter mais impressionante já desenvolvido para os consoles da nova geração, GOW foi lançado em 2006 pela Epic Games, inicialmente exclusivo para X-Box360 da Microsoft. O "retardado" que também pode ser chamado de gênio responsável pela criação e idealizador do game é Cliff Bleszinski, também conhecido apenas como CliffB, diretor de design da compania.

História

Gears Of War se passa em um planeta chamado Sera. Bastante parecido com a nossa velha Terra, é um local pacifico e calmo até o dia em que criaturas bizarras meio homem, meio lagarto, conhecidas como Locust, resolvem sair de suas tocas no submundo deste planeta e dominar a superfície. Este dia é conhecido como Emergence Day.

Para deter esta invasão, uma força tarefa conhecida com Delta Squad (Esquadrão Delta) é convocada. Liderada por Marcus Fenix, um ex-combatente rebelde e seus companheiros, eles partem para a missão mais difícil de suas vidas.

GOW

Sangue!

O Game

A escolha por uma visão em terceira pessoa sobre os ombros do personagem, já diferenciam GOW de outros jogos de tiro. A visão fica mais ampla, atingindo um angulo maior do cenário. A movimentação é bastante fiel aos comandos, e a única ausência sentida é de um botão "de pulo", não que ele faça falta durante o jogo, mas estamos tão acostumados que não seria tão ruim assim.

Os gráficos são talvez os mais belos já criados. A Epic teve o cuidado de se dedicar nos detalhes. Sombras perfeitas, brilho sobre as armaduras dos personagens, um clima sombrio, e as expressões e sangue impressionam. Os cenários são bem detalhados e cheio de pontos onde o personagem pode se esconder dos tiros e bombas lançadas.

Você tem a sua disposição 4 armas básicas: Uma pistola, uma calibre 12, granadas de fumaça e uma metralhadora equipada com uma serra-elétrica. Alias, impossivel apenas citar a serra sem comentar nada a respeito. Existem momentos em que um combate mais mano a mano é necessário, e ai a serra-elétrica de sua metralhadora entra em ação. A animação que envolvem as mortes com a serra são alucinantes. O sangue respinga na tela da tv dando um realismo tremendo.

Durante a partida você ainda tem a sua disposição algumas outras armas, como lança mísseis, snipers e flechas explosivas. Munição é deixada por Locust mortos e também encontradas em caixas espalhadas pelo cenário.

O jogo é divido em 5 missões, todas com suas sub-fases, o que garante mais de 8 horas de jogatina sangrenta, sozinho, ou acompanhado de um amigo no modo cooperativo ou ainda jogando online em time de 4 contra 4 em um mata-mata.

Existem 3 níveis de dificuldade, sendo o modo Insano, realmente para quem tem nervos de aço e uma experiência superior.

Opinião do Redator

Como eu disse no começo do post, Gears Of War é sem dúvida o meu jogo favorito de tiro. Quando coloquei as mãos nele, só larguei depois que fechei o game por completo. Isso sem nem sequer ter idéia de tudo que poderia ser feito online.

O som é perfeito. Se você ligar o console em um home, meu chapa, seus vizinhos vão chamar a polícia. E realmente a intenção é essa!

Não posso dizer que o jogo é dificil, confesso que existem partes onde as coisas complicam um pouco, mas com alguma insistência você segue em frente.

Os comandos também se encaixam perfeitamente após alguns minutos, e o domínio total das armas te transforma em um matador de primeira. Tire as crianças da sala! O sangue vai escorrer com certeza!

GOW é um jogo violento, recomendado pra quem tem sangue-frio e gosta de ação sem frescura, sem tramas ou quebra-cabeças. Nada além de tiros e seguir em frente.

Recomendo sem dó!

OBS: Só lembrando a galera que a continuação, Gears Of War 2, já foi lançada ano passado e segue a mesma receita de sucesso de sua primeira versão e ainda por cima com melhorias em alguns detalhes do primeiro. Também uma peça indispensável a coleção de JOGOS PRA MACHO.

Até a próxima!

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Desabafo (Eu odeio metaleirinhos!)

Lendo uma comunidade qualquer do orkut, um cara estava defendendo um vocalista "X", dizendo que o cara não cantava tão mal. Seus argumentos eram bem interessantes e fui obrigado a concordar (até porque ele falava de uma banda que gosto).

Aí, me chega um metaleirinho, que não deve passar dos 16 anos (nada contra os mais jovens, apenas acho que devem se manifestar com mais cuidado) e me diz que "quem não canta nada é aquele vocal do Rush".

PUTA QUE ME PARIU!

Como assim? Você tava falando mesmo do Geddy Lee? Será que eu continuo sendo tão imbecil a ponto de enxergar o que não existe? Ah, dá um tempo!

Eu mesmo, não sou lá grande fã de heavy metal, os timbres dos vocais de heavy metal não me agradam. Mas falar que os caras cantam mal? Ai são outros quinhentos! Podem não me agradar, mas cantam extremamente bem!

Outro dia um moleque que não devia ter mais de 15 anos, me solta que o Metallica gravou três discos bons apenas: Kill'em All, Ride the Lightning e Master of Puppets. PORRA! Sintam-se a vontade pra falar mal dos outros, mas o que o ...And Justice for All tá fazendo fora da lista? Ele é um álbum pop, então?

Por isso que odeio Metaleirinhos. Tr00s na puberdade, façam-me um favor: vão comer cocô pra ver disco voador!

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Intimidade Invadida!

piranha camuflada

Piranha Camuflada

Ontém, enquanto escrevia o post sobre Deftones, teclava com a minha amiga Lu Dacal, do blog Piranha Camuflada e falavamos sobre música (como de costume).

Pois não é que ela postou o diálogo, revelando minhas intimidades? Como minha vida é um livro aberto, sintam-se a vontade para ler e comentar.

Ah, e podem reparar que ela me prometeu uma cerveja! Vou cobrar no próximo encontro do fã-clube do Machine Head! E nada de Bohemia! Aquilo tem gosto de mijo!

Deftones - White Pony

Eu, como todo adolescente, era bobo (não que eu tenha mudado). Queria ouvir o que ninguém ouvia. Queria abalar, ser mal. Já era feio, só me faltava a atitude.

Deftones - White Pony

Deftones - White Pony

Aos 14 pra 15 anos, dei uma guinada e deixei de ouvir classic rock e rock and roll nacional pra ouvir mais coisas novas. E o New Metal tava ai pra isso. Hoje eu não aguento mais, acho que tudo virou mais do mesmo e a panela encheu. Mas, dia desses, ouvindo The Chauffeur do Duran Duran, me lembrei que o Deftones tinha feito uma versão desse som. E me lembrei que eu gostava desse som. Mais ainda, eu notei que o timbre do Chino Moreno, do Deftones, é muito parecido com o do Simon Le Bon, do Duran Duran. Aliás, as bandas de New Metal citavam o Duran Duran como inspiração (pela época, entende-se).

Bom, o tempo passou, eu deixei de ouvir muita coisa, passei a ouvir outras coisas e o mundo continou girando. Mas essa semana, por algum motivo, voltei a ouvir Deftones. Ouvi o Around the Fur e o White Pony várias vezes. E cheguei a uma conclusão meio estranha: o Deftones estava numa pegada completamente diferente das outras bandas da época e eu, um grande bobão, nunca percebi. E o álbum White Pony é bem diferente de tudo que ouvia nessa época (confesso que não ouvi nenhum álbum de Deftones depois do WP. Quem sabe qualquer dia desses, ouço). É um album que deixou muito do peso de lado, investiu em sons mais trabalhados, músicas mais bonitas, vocais menos gritados. É um resultado interessantíssimo.

Me lembro que na época do lançamento, em 2000, muita gente torceu o nariz. A Mtv tocava o clipe de Change (In the House of Flies) e os fãs mais fiéis criticavam, diziam que a banda tinha perdido o peso. Ai, ouviam Elite e iam a loucura! Era o peso do Deftones multiplicado. Eu ouvia a música Digital Bath e pirava. Achava um som diferente de tudo. Até hoje, ao escutar novamente, não entendo porquê eu gosto tanto desse som. A única coisa que consigo entender é que esse é um bom álbum, que se destaca dentre os álbuns lançados no início da década.

Vou sugerir aqui alguns sons deste álbum:

Digital Bath

Elite

Com essas duas músicas, dá pra notar bem a diferença. A Elite é a mais pesada do álbum.

Muitos não devem saber, mas o baixista original da banda, Chi Cheng, sofreu um terrível acidente automobilístico no final de 2008, e encontrava-se em coma até a semana passada. Ele continua em estado grave, quase vegetativo. A família montou um site para coletar doações http://oneloveforchi.com.

Ps.: Gostaria de me desculpar com meus inúmeros 18 seguidores do blergh pelos hiatos. Muito trampo e pouco tempo (e inspiração) pra escrever.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Ainda sobre Pantera

Com orgulho.

Scream

Scream ao vivo

Não tem como ler o Post do meu amigo Kuvas e ficar isento. Ficar inerte aos fatos.

E duvido que agora vocês não estejam ouvindo um som bem alto do Pantera, e querendo esmurrar nem que seja seu próprio pai. Pois é, o que aconteceu comigo a 17 anos atras foi exatamente isso.

Quando ouvi e vi essa banda pela primeira vez, mais que a música, o que me chamou a atenção foi a violência e agressividade ao vivo. Não tem como não "bangear" mesmo sem ser cabeludo, mesmo sem ao menos curtir o som. É avassalador. A minha identificação com a banda foi ficando cada vez maior. Os sons entrando em meus ouvidos mais e mais, e por fim, as palavras proferidas por DEUS, leia-se Phil Anselmo, invadiram minha alma e confesso que mudaram minha adolescência e por fim, minha vida toda.

E me sentindo um privilegiado, estava eu lá em 1995 no Olímpia, assistindo ao vivo a maior banda de todos os tempos. Pintei a mão uma camiseta exclusiva pro show, careca ao extremo, e lá estava eu. Lembro-me de ter atirado algo para o palco, algo para o Phil Anselmo guardar, sei lá o que foi, mas que eu fiquei maluco e atirei tenho certeza. Sai de la com morto, totalmente destruido, mas com uma satisfação na alma imensa.

Meu fanatismo foi aumentando, como uma tiéte louca eu guardava tudo que achava dos caras, comprava qualquer revista que tivesse uma minima foto da banda. Criei duas pastas com fotos e artigos nacionais e importados dos caras. A minha primeira revista "RockBrigade" foi com Pantera na capa, claro. Por fim corri atras de todos os cds possiveis piratas e oficiais. E videos, de shows, entrevistas, e o que mais consegui achar. Tive a oportunidade de viajar aos EUA em 2001 e a primeira coisa que fiz quando entrei em uma loja de metal foi comprar, sem mentira, TODAS as camisetas do Pantera que achei. Confesso ter uma gaveta do armario completa de produtos da banda guardados até hoje. Um santuário.

Por fim, como que por um destino maluco, acabei em 2000 indo a um show de uma tal banda chamada UNSCARRED - Pantera Cover SP. Fan maluco, fui com todas as pedras na mão para ver esta ousada banda que tinha a coragem de tocar as músicas dos deuses.

Pra minha sorte, o som era perfeito, baterista animal, guitarra em cima, baixo redondo. Porém o vocal não me agradou em nada. Não sabia as letras, não cantava no tom. Não podia representar Phillip Anselmo.

Sem vergonha alguma, após o show eu fui procurar alguem da banda para, além de cumprimentar pelo show, comentar sobre esta critica. Conversei com o baterista, o Edu Garcia. Ao comentar sobre o vocal, pra minha surpresa, ele concordou comigo e disse que se eu quisesse, poderia fazer um teste.

Pra terminar, o final da historia todos já sabem. Hoje, após 10 anos praticamente, tenho o orgulho de ser o Scream, vocalista do UNSCARRED - Pantera Cover SP, e de representar, com muito prazer, mas acima de tudo respeito, esta que é e sempre será a maior banda metal de todos os tempos. E ter a resposta positiva do publico em nossos shows, é a maior prova de que estamos fazendo nosso trabalho direito e representando com dignidade!

Segue um vídeo do Unscarred ao vivo na LedSlay em SP.

Link para o vídeo

Abraçøs a todos os leitores!

terça-feira, 5 de maio de 2009

Música para Macho #7

Pantera

Depois de falar do Motörhead no último "Música para Macho", a responsabilidade de quem viesse a seguir ia ser grande. Você não pode mais chegar e falar qualquer baboseira depois de falar dos mestres. Você não pode afinar! Então, resolvi falar de uma banda, no mínimo, polêmica: o Pantera!

A polêmica em torno do Pantera é grande. É uma daquelas bandas "ame ou odeie". Quem gosta, entende e digere o som, considera como algo que jamais será feito novamente. Quem não gosta, simplesmente acha que é uma bandinha de músicas repetitivas e sem nenhuma afinidade com gênero algum. Como responsável por escrever este post, devo avisá-los que quem escreve aqui é um dos fanáticos, então você poderá me odiar ao terminar de ler.

Pantera

O Pantera de 1997

A maioria das polêmicas sobre a banda começa com seu muito mais polêmico front-man: Phil Anselmo. De língua afiada, gênio difícil de lidar e atitudes polêmicas (é o rei da overdose), Phil faz com que muitos odeiem a banda. Já foi até acusado de gay, por sua amizade de longa data com Sebastian Bach. Para mim, se esses dois caras são gays, algo está muito errado no mundo. Pela quantidade de mulheres que esses caras pegam, não os vejo fornicando um ao outro!

Por outro lado, a competência e carisma dos outros integrantes da banda (Rex, Vinnie, Dime), faz com que muitos se tornem seguidores insanos de tudo que eles fazem. Os shows do Pantera foram, sem dúvida, memoráveis. O público de um show do Pantera é insano. Se você teve a oportunidade de ir a tal espetáculo, sabe do que estou falando (eu não tive).

A banda lançou seu primeiro álbum em 1983, dois anos após seu início. Se você conhece o som da banda, mas não é fã, ao ouvir um dos primeiros 3 álbuns vai se assustar. O estilo da banda nos anos 80 era um hard rock bem puxado para o glam rock. Algo muito parecido com o Poison, Mötlëy Crüe e outras tantas bandas dessa época. Bandas odiadas por quem curte o som do Pantera. Bandas consideradas "música para menininhas" pela maioria do headbangers1. Nessa época, a banda era formada pelos irmãos Abbott (Vinnie Paul - bateria e Dimebag Darrel - guittarra), Rex Brown (baixo) e Terry Glaze (vocal). Depois da saída de Terry e a entrada de Phil Anselmo, tudo mudou. O som mudou, a atitude mudou. O Glam Rock morreu para a banda, que deu lugar a um som imundo, sem pai nem mãe. Um som cru, pesado e sem muito compromisso com nada além da agressividade. Apesar de o primeiro álbum de Phil com a banda ainda ter um pé no glam, tudo mudou no primeiro álbum dele de verdade: Cowboys from Hell, de 1990.

O nome do álbum dava bem a cara do que eles eram: Cowboys. Uma banda vinda do Texas, não pode ser muito diferente disso. Talvez, em seu princípio, com o glam rock tomando multidões, a banda tenha visto ai sua identidade. Mas, depois de cairem na real, perceberam que eram só mais uma banda de hard rock, resolveram partir pra agressividade e acertaram em cheio. Cowboys from hell é, para mim, o pé na porta dos anos 90. É o "cartão de hostilidade" do som dos anos 90. O rock ficou mais agressivo nos anos 90. O Pantera foi um dos responsáveis por isso. E deixaram isso bem claro, ao lançar em 1992 um álbum ainda mais pesado, imundo e violento: Vulgar Dispay of Power.

Daí pra frente, foi porrada atrás de porrada. Os outros três álbuns de estúdio que seguiram (Far Beyond Driven, The Great Southern Trendkill e Reinventing The Steel) foram ficando cada vez mais pesados. O som foi ficando cada vez mais sujo. Eles podiam tocar bossa-nova que seria agressivo. A instrumental de Dime, Rex e Vinnie era algo "pedreiro". Algo impossível de ser tocado de forma "leve". Aliás, Dimebag Darrel é um caso a parte no metal. O cara, além de ser um dos sujeitos mais carismáticos que já se viu, era de uma criatividade incrível. Seus riffs são sempre marcantes, daqueles que fazem você balançar a cabeça e bater o pé sem nem mesmo se dar conta. Era capaz de tocar algo simples de uma forma que ninguém consegue. E fazia um som pesado como poucos. Em uma conversa com Luis, concluímos que se a banda não tivesse acabado em 2001, o álbum seguinte seria gravado em um tijolo, de tão pesado que ficaria.

Se você nunca ouviu nada de Pantera, recomendo que tente começar pelo Cowboys From Hell. Como disse, é o cartão de hostilidade da banda. Depois, se sentir que sua mãe vai deixar, você pode tentar ouvir o Vulgar Display of Power. Se ainda assim você não correr pro banheiro todo cagado ou colocar um disco do Fresno pra se tranquilizar, ai você pode ouvir o The Great Southern Trendkill, o mais pesado, violento e, na minha opinião, melhor álbum da banda.

Em uma das músicas, Good Friends and a Bottle of Pills, a letra diz:

"Eu fodi sua namorada ontem à noite / Enquanto você roncava e babava / Eu fudi seu amor / Ela me chamou de Meu macho / Eu a chamei de boneca"

Uma grande pena tudo ter acabado da forma como acabou: trágico. Em 2004, quando cogitava-se uma reunião da banda, um idiota, desgraçado, fanático, gay enrustido subiu ao palco e simplesmente matou o mestre Dimebag Darrel. Na frente de todos. No meio do show. Ele foi morto logo depois por um policial que arriscou a vida para salvar Dime. Pra mim, esse imbecil deveria ter ficado vivo, exposto em alguma praça no meio de Dallas, e fosse espancado todos os dias as 17h. Seria mantido vivo, para sofrer por toda a eternidade.

O Pantera nunca mais vai voltar. Não como foi um dia, mas você deveria dar uma chance e, se não gosta do som da banda, tentar entender. Se não conhece, deveria conhecer.

Pantera - Cowboys From Hell

Primal Concrete Sledge - Ao Vivo

Mouth For War (vídeo clipe oficial)

1Nota: Eu estou aqui para dar a cara a tapa e afirmar que não havia nada de "música para menininhas" no glam rock. Era a música de macho dos anos 80! Era o que as mulheres gostavam. E, ainda assim, era Rock! Hoje em dia, para pegar a mulherada, sujeito dança axé com shortinho apertado na praia. Naquela época, o sujeito tinha um carro conversível e andava ouvindo hard rock, fazendo biquinho, com laquê nos cabelos. E pegava muito mais mulher do que esse que veste shortinho e rebola a bundinha! Eu garanto!

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Álbuns que fazem você dizer "PQP"! #2

Megadeth - Killing is my business... and business is good

Killing Is My Business... And Business Is Good!

A capa original de Killing Is My Business...
And Business Is Good!

A primeira vez que peguei para ouvir esse álbum com cuidado, quase tive um troço! É um absurdo! Ele abre de forma tão perfeita e com tamanha maestria que fica difícil comparar a qualquer coisa. Como um fã antigo de Metallica, eu nunca tinha dado muita bola pro Megadeth. Ainda bem que mudei minha opinião. E ainda bem que não fiquei só no Youthanasia (outro álbum f*da).

Como muitos sabem o Megadeth é a banda do Dave Mustaine, ex-guitarrista do Metallica chutado da banda por problemas com os outros integrantes (leia-se James Hetfield e Lars Ulrich). Killing is my Business é o álbum de estréia da banda, em 1985 - dois anos depois de sair do Metallica. Engraçado é que o álbum foi todo produzido pela banda, visto que na época os caras receberam US$8000,00 da gravadora e gastaram tudo em drogas, cachaça e putaria! É uma produção bem simples, mas acho que é esse o detalhe do álbum. As músicas soam naturais, sem nenhuma frescura (como em alguns outros álbuns da banda). A velocidade das músicas é algo que chama a atenção. Do começo ao fim do álbum, a pegada é a mesma, insana, rápida e crua.

Faixa a faixa

  1. O álbum simplesmente abre com Last Rites - Love to Death. Um thrash/speed metal de uma qualidade indescrtível. Aliás, começa com uma introdução de piano assustadora e depois um petardo na orelha! Rápida e rasteira. A letra fala sobre amor com muita mais ódio do que qualquer coisa. "If I can't have you, than no one will / And since I won't, I'll have to kill". É, para mim, a melhor música do álbum e a segunda melhor do Megadeth (só perde para Rust in Peace... Polaris)
  2. Sem perder o gás nem a velocidade, entra em cena a música-título Killing Is My Business... And Business is Good. Simples como o título: "Matar é meu negócio e negócio é bom"
  3. A The Skull Beneath the Skin começa "menos rápida", mas lembra um pouco a introdução do vocal da Last Rites. Depois vira aquela desgraceira toda, speed metal dos bons. Mas ela é menos pegada e mais ritmada que as anteriores. Basicamente, a letra fala de Vic Rattlehead, o mascote da banda!
  4. A música "These Boots" é, na verdade, uma paródia da música "These Boots Are Made for Walkin'", sucesso de 1966 com Nancy Sinatra. A música de 66, obviamente, não tem os palavrões da versão do Megadeth. A letra foi bem alterada. Inclusive, você só encontra esta música na versão prensada antes de 1995, porque depois disso o autor da musica exigiu que a banda tirasse ela, alegando que a versão era muito pervertida. Veja que o autor recebeu uma grana de royalties por 10 anos antes de tirá-la do ar! Em 2002 ela foi re-lançada, mas com as perversões censuradas.
  5. Rattlehead é o sobrenome da caveira, mascote do Megadeth. A temática da letra lembra um pouco a de Hit The Lights, do Metallica, que fala basicamente de ser um "banger", mas é um tanto melhor (falo da letra, ok?).
  6. A bateria de Chosen Ones é algo a se considerar. Vai que vai! Não foge da pegada principal do álbum e mantém o peso e velocidade habitual. O que é mais legal é prestar atenção às letras cheias de ódio: "You doubt your strength or courage, don't come to join with me / For Deth surely wants you, With sharp and pointy teeth".
  7. A Looking Down The Cross talvez seja a faixa que mais mostra o que viria nos próximos álbuns do Megadeth. Uma faixa mais ritmada, mais a cara do Megadeth dos anos 90 (que não deixa nada a dever).
  8. Pra fechar, temos Mechanix. Você deverá reconhecer o riff, é de uma outra música famosa ai, uma tal de Four Horsemen. Só que mais acelerado. É que o Mustaine escreveu ela antes de entrar no Metallica e levou ela depois pra banda que, inteligentemente, re-escreveu a letra e colocou no álbum Kill 'Em All. Mas, não se enganem, a original é essa! A letra fala sobre motores, carros, mecânicos comparando com uma bela trepada.

Sei que não citei os outros membros da banda, mas, como sabemos, o Megadeth é o Mustaine e mais 3. Nesta época, tinhamos a banda: Chris Poland (guitarra), David Ellefson (baixo) e Gar Samuelson (bateria).

Antes de terminar, deixo uma dica: se você ouviu este álbum e não gostou, desculpe, esse álbum não é para mocinhas! (brincadeira, amigos indies).

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Sugestão para o fim de semana

Living Colour - Time's Up

Time's Up

Estou meio (completamente) sem tempo para postagens, então acho legal uma sugestão para fazer seu fim de semana mais alegre e bonito (Rafael, seu gay). Living Colour, Time's Up.

Pra quem não conhece, Living Colour é a "bandinha do Glamour Boys". Mas a Glamour Boys não esté nesse álbum, está no Vivid, de 88. O Time's Up é de 90. Um disco perfeito, muito bom e que, pra completar, tem a belíssima Solace of You (uma música que deixa qualquer pessoa feliz). Também tem a porrada Type e a um pouco mais conhecida e divertidíssima Love Rears Its Ugly Head.

Bom, tô com pouco tempo. Ia deixar uns clipes pra vocês, mas não posso mais usar o embed do youtube para clipes oficiais por determinação das gravadoras (sempre elas!), então, vou deixar o que achei:

Living Colour no Jô Soares:

Áudio de uma das melhores músicas de todos os tempos, na minha opinião: Type

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Música para Macho #6

Motorhead

Motörhead

A Banda Motörhead atual: uma gostosa, Mikkey Dee, Lemmy Kilmister
e Phil Campbell

Como muitos devem saber, esse mês o Motörhead está em turnê pelo Brasil. Eu não estou escrevendo este post numa tentativa de apelo comercial pela vinda deles pra cá. Na verdade, eu sempre quis escrever um post sobre Motörhead no Música para Macho, o problema é que nunca tive culhões para tal. Esta banda deveria ser a número zero em qualquer discussões deste tipo, porém, falar sobre eles requer muita audácia. Você pode ser muito macho, você pode ter provado por A+B que você é. Você pode ser um excelente músico também e ter composto muitas músicas boas. Você pode ser tudo isso 3 vezes, mas você nunca será Lemmy Kilmister. Você nunca será deus.

É difícil falar sobre uma banda como esta. É difícil resumir a trajetória destes caras. Apesar de Lemmy estar na estrada há mais 40 anos (começou como roaddie da banda de Jimi Hendrix, eu sinto que nada que eu escrever vai resumir a carreira da banda de uma forma justa.

O Motörhead começou em 1975 como um trio (a formação trio foi a mais comum que a banda teve) e já mudou várias vezes de integrantes, sempre mantendo o deus Lemmy como baixista, letrista, compositor e vocalista. Participou da New Wave of British Heavy Metal e, como todas as bandas que saíram daí, influenciaram meio mundo. Muitos consideram o som da banda um Heavy Metal, outros Thrash Metal, mas, para mim, o que mais define o estilo é um Speed Metal perfeito. Aliás, melhor, é o verdadeiro Rock and Roll, assim como o Kiss dos anos 70 e 80.

Por serem um trio, as músicas, que no geral têm uma pegada mais rápida, exigem muito deles. Por isso, acho que, mesmo com alguns riffs simples, musicalmente falando, a banda dá um baile em tecnica e composições. Os atuais Mikkey Dee e Phil Campbell são perfeitos. A bateria de Dee é muito quebrada, rápida e marcante. A guitarra de Campbell dificilmente fica naquele riff de uma nota, sempre inovando e mostrando um som que condiz com uma banda do tamanho da história (e da responsabilidade) do Motörhead. O vocal de Lemmy é quase uma ofensa. Ele é tão rouco que parece que nasceu com 70 anos e com as cordas (ou pregas) vocais rasgadas. O som de seu baixo vai do simples acompanhamento da música até o solo principal. Vai do nada ao destaque completo.

Lemmy Kilmister

Lemmy Kilmister

Já passaram por várias formações (ao todo foram 10 musicos diferentes que já passaram pela banda) e, apesar da atual (Lemmy, Mikkey Dee e Phil Campbell) estar ai há mais de 15 anos, os fãs consideram a formação mais clássica a que contava com Phil "Philthy Animal" Taylor na bateria e Fast Edie na guitarra. E por motivos óbvios. Foi essa a formação que lançou, em 1980, o álbum de maior sucesso da banda, o famoso Ace of Spades. Você deve se lembrar da música, ela está no primeiro Guitar Hero, de 2005 e no Tony Hawk's 3. Se você só conhece aquele som do Motörhead, saiba que você começou bem, mas ainda falta muito pra você conhecer a banda.

Como uma forma de convencer você que nunca se deu ao trabalho de conhecer mais a fundo o material da banda a fazê-lo, sugiro que comece pelo próprio Ace of Spades (o álbum). Depois, você pode tentar o Iron Fist — ouça a faixa (Don't Need) Religion até não aguentar mais — e, na sequência, Orgasmatron (ah, o Sepultura regravou a música título, já ouviu?). Quando estiver se sentindo preparado, ouça o ao vivo No Sleep at All e, depois, Sacrifice. Ai, se você ainda estiver com as calças limpinhas e não tiver chamado sua mãe, você pode dizer que está preparado de verdade pra ouvir Motörhead a qualquer hora do dia ou da noite.

O som é o acompanhamento perfeito para uma cervejada no boteco, com uma porção de azeitonas ou tremoço. Se não for música para macho, nenhuma outra é! São os pais das músicas para macho! Eu recomendo, mas não sou o único. Se entre as suas intenções está ouvir música de verdade, Motörhead é um ótimo começo.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Capitão Nascimento é legal, mas eu prefiro Walt Kowalski

Gran Torino

Quando o filme Tropa de Elite saiu, uma febre tomou o Brasil. As crianças, os adolescentes e os adultos imitavam o personagem de Wagner Moura na sua carranquice e dureza. Eu mesmo imitei, afinal, o cara mandou muito bem. Era, como citei, uma febre.

Neste fim de semana, resolvi assistir ao então muito falado Gran Torino, o mais novo filme de Clint Eastwood e, para minha surpresa, o filme é uma obra-prima. Sei que o Capitão Nascimento do nosso Tropa de Elite e o Walt Kowalski (personagem do próprio Eastwood) não têm nada a ver. Um lidera um grupo armado das forças militares no morro do Rio de Janeiro e o outro é um veterano da guerra da Koreia vivendo em um bairro onde só sobrou ele de americano (os outros são imigrantes) e a segregação racial impera.

Mas, então, por que raios a comparação?

O Wagner Moura que me perdoe (eu realmente respeito seu trabalho), mas pra ser carrancudo e bravo, ninguém supera o eterno Dirt Harry. Agora, imaginem que ele envelheceu e ficou mais mal-humorado e mais carrancudo do que nunca. É mais ou menos o que podemos esperar de Walt Kowalski. E, para completar, o diretor de Menina de Ouro e Sobre Meninos e Lobos tem aqui, em minha humilde e inútil opinião, sua obra-prima. Sabe quando você assiste a um filme e não consegue encontrar defeitos? Foi mais ou menos o que aconteceu comigo depois de ver este filme. Eu queria sair por ai e obrigando a todos a assistir este filme. Eu queria ter uma espingarda calibre 12 em minha casa e sair expulsando vizinhos bandidos do meu quintal. Eu queria poder enfiar um trabuco na cara de um fulaninho folgado, desses que ficam tirando a moto de giro com escapamento Sarachú as 0h35 e dizer: " Já notou como você volta e meia cruza com alguém com quem não deveria ter se metido? Esse sou eu." Cara, eu queria ter os culhões do Walt Kowalski!

Não pensem vocês que eu estou desmerecendo o filme nacional Tropa de Elite (sem brasileróides aqui, ok?). Como disse, é um ótimo filme. Mas eu, sinceramente, vejo mais charme em um velho que passa suas tardes polindo seu Gran Torino 1972 do que ver o sofrimento do povo que vive a beira da miséria nos morros do Rio (não que a situação dos Hmongs, mostrada em Gran Torino, seja muito diferente). E, é claro, o charme asiático da Ahney Her me ganha fácil.

Se eu fosse seguir a descrição que li sobre o filme, eu certamente teria deixado pra trás e não teria assistido. Não diz muito mais do que "um velho veterano de guerra se revolta com sua vizinhança depois que tentam roubar seu Gran Torino". Mas, a sensação que tenho é essa mesmo, o filme te deixa sem palavras. É só assistindo pra saber! Eu recomendo!

quinta-feira, 9 de abril de 2009

MTV Britânica elege os melhores discos da história

Fonte: Enter Magazine

Ai vai a lista (comentários a seguir)

  1. Michael Jackson – Thriller
  2. Craig David – Born To Do IT
  3. Guns ‘N’ Roses – Appetite For Destruction
  4. Radiohead – OK Computer
  5. Nirvana – Nevermind
  6. Oasis – (What’s The Story) Morning Glory?
  7. Oasis – Definitely Maybe
  8. U2 – The Joshua Tree
  9. Arctic Monkeys – Whatever People say I Am, That’s What I’m Not
  10. Amy Winehouse – Back to Black
  11. The Strokes – Is This It?
  12. Kanye West – The College Drop Out
  13. The Stone Roses – The Stone Roses
  14. Eminem – The Marshall Mathers LP
  15. The Smiths – The Queen Is Dead
  16. Rage Against The Machine – Rage Against The Machine
  17. Prince; The Revolution – Purple Rain
  18. REM – Automatic For The People
  19. Usher – 8701
  20. Pixies – Doolittle
  21. The Notorious B.I.G – Ready To Die
  22. Lauryn Hill – The Mis-education of Lauryn Hill
  23. Human League – Dare
  24. Jay-Z – Blueprint
  25. Dizzee Rascal – Boy In Da Corner

Depois que eu falo que Londres é a capital da viadagem mundial, eu sou extremista. Quando digo que a MTV (atual) fabrica adolescentes anecéfalos, exagero. Quando digo que vivemos em uma geração musicalmente perdida, sou um velho. Ora, então me falem o que esse monte de merda dessa lista tem pra estar ai? Quer a resposta? Simples: foram eleitos por moleques. Moleques bobos que cresceram ouvindo esse monte de merda. Eu nunca ouvi 90% dessa lista, mas sou arrogante e prepotente o suficiente pra dizer que é um monte de lixo! Desses 25, posso extrair daí, chutando alto, 10 excessões. Mas, cacife pra estar nessa lista, acho que poucos têm: o Michael Jackson e seu maravilhoso Thriller, o Guns 'n' Roses e o revolucionário Appetite for Destruction, o Nirvana com o surpreendente Nevermind, o U2 com o grande The Joshua Tree. De resto, temos ai até alguns bons discos, mas, pô, melhores de todos os tempos! Aí não...

Britsh flag and Beatles

Faltou vocês, hein?

Pixies, RATM, The Smiths, REM e Oasis até têm meu respeito, mas considerar seus álbuns entre os maiores da história, ai eu acho complicado (na verdade, o erro ai foram incluir dois do Oasis. Um até seria justo).

Ok, eu sei, sou um puta xiita no quesito musical, só ouço rock and roll e suas vertentes mais próximas. Conheço muito pouco de qualquer outro estilo musical, sou praticamente um ignorante no que foge do arroz com feijão do metal. Mas eu sei respeitar um grande artista. Sei que bandas como Queen, Black Sabbath, Beatles, Rolling Stones não podem faltar nessas listas. Mesmo eles já terem dado no saco de muitos, mesmo sendo música do século passado, mesmo sendo aquela mesmice, mas, porra, eles criaram essa bagaça toda! Se você quer uma lista que envolva os melhores de todos os tempos, você tem que se respeitar os melhores de TODOS os tempos! Pô, Jay-z, Usher, Arctic Monkeys, Eminem, The Strokes numa lista dessas? Pô, a galera indie tá dominando mesmo o mundo! Colocaram suas músicas no topo! Podem me xingar, eu aceito. Só não aceito uma lista dessas. Eles podem ser bons, mas estão longes de serem os melhores. Sei que é uma lista Britânica e que lá a música é diferente, mas os melhores não vieram de lá também?

Na linha do hip-hop, acho justo incluir o The Notorious B.I.G. Pelo pouco que conheço de hip-hop / rap, sei que era um sujeito respeitado em seu meio. Mas me lembro que nos anos 90, a música rap era bem mais profissional do que hoje. Eu não gosto. Nada contra que ouve, apenas acho o movimento gangsta rap a mesma babaquice do funk carioca. Até pra tratar mal uma mulher, é necessário classe.

Não tenho cacife para criar minha própria lista, misturando todos os gêneros. Poderia criar uma de thrash metal, rock and roll ou algo do tipo. Mas, se fosse fazê-lo, incluiria mitos da música como: Tina Turner, Beatles, Elton John entre muitos, muitos outros. Se algum de vocês, leitores, quiser fazer a sua, sinta-se a vontade (ganhará um post com sua lista).

E me desculpe você, amigo leitor, que gosta de Indie Rock, Gangsta Rap ou Pop. Não me odeiem por falar o que penso, em vez disso, deixe seu comentário me xingando.

UPDATE

Acabo de ler aqui http://www.postchronicle.com/news/original/article_212221759.shtml que a lista engloba apenas os discos de 81 em diante (falha minha e da Enter Magazine). Mas, mesmo assim, essa lista tá beeeem mal feita.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Peter Criss

O baterista original do KISS, Peter Criss, fará uma aparição em uma exposição de modelos e brinquedos que acontece entre 17 e 19 de abril no Hilton Hotel em Parsippany, New Jersey, EUA. De acordo com um post em seu website "Peter vai dar autógrafos e tirar fotos. Os autógrafos para os convidados custarão $40,00. As fotos serão tiradas pelo nosso fotógrafo e custarão $10,00."

Fonte: Portal Novo Metal (http://www.novometal.com/news/noticia.php?id=16894)

Não pude deixar de comentar. Caras, o Peter Criss foi tão bem com o Kiss e depois disso só fez merdas. Não tem muito o que escrever sobre, é apenas hilário!

Ah, o Peter Criss nacional é o Marcelo D2!

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Um pouco da história do Machine Head

Este post iria se chamar "Through The Ashes of Empires - a volta por cima", mas escrevi tanto que tive de mudar...

Não sei quanto a você, mas Through The Ashes of Empires é meu álbum favorito do Machine Head.

Mas, cara, por que esse é o melhor?

machine Head - Burn my Eyes

Bom, vamos recaptular. O Machine Head começou muito bem (mas muito bem mesmo!) em 1994 com o álbum Burn my Eyes. Um álbum agressivo, seguindo uma linha mezzo Pantera, mezzo Slayer. Agressivo, rápido, com riffs quebrados, solos matadores e tudo aquilo que se faz obrigatório para uma banda de metal vinda da Bay Area californiana. Robb Flynn dizia adeus ao Vio-lence em grande estilo! O álbum era praticamente perfeito e a RoadRunner agradece até hoje por isso.


Machine Head - The More Things Change

Logo depois veio o The More Things Change. Este não vendeu tanto, mas conseguiu ser mais pesado, mais agressivo e mais extremo que o Burn My Eyes. Obviamente então, é um álbum excelente. Se um fã da banda me disser que não gosta desse álbum, eu vou solicitar que ele procure auxílio médico.

As coisas começaram bem demais pra uma banda. Também pudera, Robb Flynn tocou, simplesmente, com Vio-lence e Forbidden, duas bandas de thrash metal americanas que fizeram escola. Mas, alguma coisa o incomodava...


Machine Head - The Burning Red

Em 1999 o chamado "movimento" New-Metal estava vindo com tudo. Era o fim da mesmice. Era o começo de uma nova forma de se fazer metal. Pesado, cru, industrial. Simples, direto e com uma mão no hip-hop. Sucesso na certa! O Machine Head entrou nessa também. O lançamento do The Burning Red foi uma guinada na vida musical da banda. Tudo mudou. Olhando pra o passado, hoje, pareciam que estavam em um circo. Cabelos coloridos, mais curtos, roupas e video clipes coloridos, tudo muito diferente de uma banda que gravou o clipe de Ten Ton Hammer pouco tempo antes (exceto pelo Adam Duce, que sempre foi o Adam Duce). Mas era isso, o New Metal era isso. Não era viadagem, era uma forma de chocar os tr00s oitentistas que diziam que o metal era imortal. Eles mataram e reviveram o metal, refazendo-o de uma forma mais popular.


Machine Head - Supercharger

Só que, como todo sucesso, o new metal "deu no saco". Chegamos a um momento onde todas as bandas era iguais, fazendo o mesmo tipo de música, a mesma temática nas letras, os mesmo "weeh weeh weeh" nas guitarras. Tudo igual. E foi nesse momento, em 2001, que o Machine Head lançou o álbum Supercharger. Para muitos o maior erro da banda. Para outros muitos, o maior acerto. Músicas ainda mais simples, ainda mais rap, ainda mais industrial, ainda mais "feliz". Era a época, era o que as bandas estavam fazendo. Não adiantava ir contra o óbvio. A banda perdeu os fãs mais tr00s, mais antigos, porém, lucrou muito com uma leva enorme de novos fãs. Vendidos? Talvez não. Se você viveu bem essa época (nem faz tanto tempo assim), sabe que aquilo era a atitude, aquilo era o "Thrash Metal do novo século" (comparando apenas a atitude, não a sonoridade). O Machine Head fez isso muito bem (sim, porque mesmo não sendo o Machine Head do começo, ainda era melhor do que 90% das bandas que faziam isso).


O tempo passou, a banda mudou. Depois da saída de Logan Mader (1998) e de Ahrue Luster (2002), a banda chamou Phil Demmel para as guitarras. E este, pra mim, foi o maior acerto da banda. Phil também havia tocado no Vio-lence e, nesse momento, tudo que a banda precisava era voltar às origens, afinal, se em 2001 o new-metal já era repetitivo, imaginem em 2003! E foi nessa hora que eles deram a volta por cima mais perfeita que uma banda podia dar, lançando o épico Through the Ashes of Empires!

Machine Head - Through the Ashes of Empires

O álbum abre em tão grande estilo, mas tão grande estilo, que, se parasse ali, já seria um enorme feito. Imperium é a faixa mais completa do Machine Head. E o pé na porta para abrir uma nova éra. Mas, por incrível que possa parecer, o álbum não para aí. E continua no mesmo nível. Pesado, extremo, técnico e, acima de tudo, metal. Só metal. Não é tão rápido quanto os dois primeiros, mas é mais técnico e mais carregado. É uma aula de música nos anos 2000! Cabelos compridos e roupas pretas completavam o visual (porque queira você ou não, o visual também faz parte de uma banda). Era isso, Robb Flynn, Adam Duce, Phil Demmel e Dave McClain davam seu recado em forma de música.


Machine Head - The Blackening

Depois disso, de sentir novamente o gostinho do metal (o bom e velho) e sua sonoridade, a banda descobriu que sabia fazer isso como poucos. Provaram isso com o The Blackening. É o álbum mais próximo do Thrash Metal que a banda lançou. Uma usina de bons riffs com muito peso e vocais agressivos. Fica muito claro que o Metallica dos anos 80 influenciou muito este álbum. Muitos o comparam com o Master of Puppets, dizendo que este é o Master of Puppets dos anos 2000. Eu não acho que chega a tanto (me desculpem, Master of Puppets e Hell Awaits só existiu um), mas acho que, depois desse álbum, muita coisa mudou na música. As bandas começaram a fazer metal novamente e o Machine Head pode ser um dos responsáveis por isso.


Observação: minha intenção era colocar clipes do Machine Head de cada época, mas as gravadoras proibiram o youtube de publicar videos-clipes.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Recomendação para uma sexta-feira mais feliz

Hellacopters - Grande Rock

Você conhece The Hellacopters? Não? Eita...

The Hellacopters - Grande Rock

The Hellacopters - Grande Rock

Resumindo, The Hellacopters é uma banda de rock and roll (no melhor sentido da palavra) Sueca, liderada por Nicke Andersson, ex-bateirista do Entombed.

Feitas as apresentações, vou apenas sugerir nesse post que você ouça, assim que possível, o álbum Grande Rock. Não sou um exímio conhecedor da banda, mas já ouvi todos os álbuns. Sei que o By the Grace of God é o mais falado, mas eu gosto muito do Grande Rock.

Então, é isso. Fica ai a dica. Se você quiser ouvir um som muito bom e ainda não ouviu este álbum, eu garanto que não vai se arrepender. Pode melhorar sua sexta-feira!

Como destaque, eu recomendo a música Welcome to Hell

Até o próximo! E, se possível, deixem seus comentários sobre o álbum.

terça-feira, 31 de março de 2009

Álbuns que me vão bem a qualquer hora

Depois de ver que as listas estão dominando o mundo (a começar pelo Facebook), fiz aqui uma lista com 10 álbuns que eu posso ouvir a qualquer hora e que sempre caem bem. Não são os álbuns definitivos da minha vida (até porque fica difícil, música é fase), mas são álbuns que eu posso ouvir o tanto que for que não cansarei. Serve como dica ai, pra quem quiser ouvir algo e não conheça algum destes (ok, alguns são bem comuns).

Top 10 maiores álbuns do meu momento:

Angel Dust
Angel Dust (Faith No More)
Terceiro álbum da banda, que traz um Mike Patton mais inspirado e mais seguro. A banda estava musicalmente perfeita e bem entrosada, apesar das tretas posteriores (a saída do Jim Martin).
Hell Awaits
Hell Awaits (Slayer)
Pra mim, o melhor álbum do Slayer. Uma aula de thrash metal.
Master of Puppets
Master of Puppets (Metallica)
Acho que não preciso falar muito. É o álbum que mostrou pro mundo o que era thrash metal. Unanimidade entre os apreciadores da música bem feita.
Through the Ashes of Empires
Through the Ashes of Empires (Machine Head)
Pra mim, a volta por cima do Machine Head. Depois de começarem perfeitos e darem uma escorregada, voltaram em grandissíssimo estilo.
The Great Southern Trendkill
The Great Southern Trendkill (Pantera)
Penúltimo álbum do Pantera e o mais violento deles. Começa tão insano com a música-título que dá até medo de terminar. Coisa Linda!
Rust in Peace
Rust in Peace (Megadeth)
Além de ter minha música favorita do Megadeth (a própria Rust in Peace... Polaris), é uma aula de thrash metal, junto com o Hell Awaits e o Master of Puppets. Realmente, nesse álbum, Dave Mustaine deu o troco no Metallica.
Say Something Nasty
Say Something Nasty (Nashville Pussy)
Meu favorito deles. Muitos torcem o nariz porque a banda começou a pisar no freio ai, mas eu acho que eles atingiram a perfeição ai.
Highway to Hell
Highway to Hell (AC/DC)
Último álbum com Bon Scott. Gosto particularmente por abrir com Highway to Hell. Rock de macho!
Better off Dead
Better off Dead (Sodom)
Pelas duas primeiras músicas você já sente a pegada. Aí, pra completar, eles ainda fazem um cover de Tank, com Turn Your Head Around. Ah o thrash metal alemão. Como são bons!
Kings of Beer
Kings of Beer (Tankard)
Se considerarmos que a banda começou em 1982 e em 2000 lançou um álbum nesse nível, é pra respeitar mesmo. Eu gosto de todos, sem excessão, mas esse me vai bem até assistindo filme triste. Ah o thrash metal alemão (2).

E ai? Afim de fazer sua lista também? Afim de sugerir? Comentem!

segunda-feira, 30 de março de 2009

Metallica e Slayer: quase três décadas

Acabo de ler na Novo Metal que o Metallica disponibilizou um vídeo oficial da banda tocando a nova música "My Apocalipse". É a última música do álbum novo, o Death Magnetic. Uma faixa legal, com um peso bem agradável (peso agradável = música pesada, mas não porrada) e vocal mais ou menos rasgado, lembrando um pouco o James Hetfield do Black Album. Veja e tire suas conclusões:

Já o Slayer tem tocado sua música nova em alguns shows, a "Psychopathy Red". O álbum ainda não saiu, mas promete. Vejam também e tirem suas conclusões:

Viram? Agora deixa eu tirar as minhas conclusões: Metallica e Slayer são as principais bandas da Bay Area Californiana. Eles trouxeram o thrash metal, eles criaram e, se quiserem, eles matam. Eu não posso dizer se gosto mais de uma ou de outra. Ambas são, para mim, perfeitas. Mas, vendo estes dois vídeos, pude perceber porque o Slayer nunca teve a fama do Metallica, mesmo sendo melhor tão bom quanto.

Muitos anos se passaram. Para ser mais exato, mais de 25 anos se foram desde que essas bandas mostraram todo o seu ódio em forma de música. Muita coisa mudou de lá pra cá. O Slayer lançou uns álbuns mal-vistos pelo seus fãs mais leais, o Metallica lançou alguns mais. Ai o Slayer lançou um álbum que trazia de volta a pegada mais oitentista e o Metallica foi na mesma. Só que, vendo eles ao vivo no glorioso you tube, percebemos que o Slayer continua sendo aquela banda feia, mal encarada, fedida, sem pai que canta músicas feias, fedidas, mal encaradas e sem pai. O Tom Araya continua cantando feio, voz rasgada, assustando crianças e o resto da banda nem se fala. Já o Metallica evoluiu muito com o tempo. De um bando de "feinhos" tocando música pesada, se tornaram bons rapazes, com caras agradáveis e sabendo o timming das coisas. Ao vivo, o James Hetfield não canta mais tão bravo nem feio. Mas agrada. Sabe agradar. Eu mesmo gosto deles ainda. E gosto muito. A simpatia da banda supera até os episódio do Napster (na verdade, Lars Ulrich é um merda, mas o James consegue aliviar a barra dele).

É por isso que eu digo: tapinha nas costas e resenhas positivas não enchem barriga. Se não agradar o público, não gera renda. Não é a toa que o Death Magnetic vendeu, em três dias, 490.000 cópias, enquanto o Christ Illusion vendeu 62.000 em uma semana. Eu gostei mais do Christ Illusion, mas quem sou eu? nem comprar o álbum eu comprei (nem o Death Magnetic).

A verdade é que essas duas bandas lançaram, nos anos oitenta, os álbuns mais completos que o thrash metal conheceu, mas hoje em dia, muita coisa mudou. Mais pra uns do que pra outros.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Wake Up Dead

Megadeth - Wake up Dead

Dave Mustaine, em um dia inspiradíssimo, deve ter composto a melodia de Wake Up Dead. Mostrou pros então integrantes do Megadeth na epóca, todo orgulhoso: "Caras, compus a música mais foda de todas até agora! Quase tão foda quanto Last Rites!". Os outros integrantes devem tê-la ouvido e achado realmente uma composição irretocável. Mas ela tinha um problema: a letra. "Caras - deve ter perguntado o Dave - alguém tem uma letra pra por nesse som?". Como ninguém tinha nada, ele pôs isso ai:

Peace Sells... But Who's Buying?

O álbum Peace Sells... But Who's Buying?

Wake Up Dead

I sneak in my own house
It's four in the morning
I've had too much to drink
Said I was out with the boys
I creep in my bedroom
I slip into bed
I know if I wake her
I'll wake up dead
I wonder, will she find out
About the other, other lover
Diana

Wake up dead, you die
Wake up dead, and buried
Wake up dead, you die
Wake up dead

Convenhamos, que letra mais boqueta! Tipo, quase uma letra de música sertaneja!

Mas, tudo bem, a música é tão perfeita que a gente esquece a letra. Eu mesmo, não me apego a isso... mas falo disso outro dia!


Megadeth - Wake Up Dead