segunda-feira, 27 de abril de 2009

Álbuns que fazem você dizer "PQP"! #2

Megadeth - Killing is my business... and business is good

Killing Is My Business... And Business Is Good!

A capa original de Killing Is My Business...
And Business Is Good!

A primeira vez que peguei para ouvir esse álbum com cuidado, quase tive um troço! É um absurdo! Ele abre de forma tão perfeita e com tamanha maestria que fica difícil comparar a qualquer coisa. Como um fã antigo de Metallica, eu nunca tinha dado muita bola pro Megadeth. Ainda bem que mudei minha opinião. E ainda bem que não fiquei só no Youthanasia (outro álbum f*da).

Como muitos sabem o Megadeth é a banda do Dave Mustaine, ex-guitarrista do Metallica chutado da banda por problemas com os outros integrantes (leia-se James Hetfield e Lars Ulrich). Killing is my Business é o álbum de estréia da banda, em 1985 - dois anos depois de sair do Metallica. Engraçado é que o álbum foi todo produzido pela banda, visto que na época os caras receberam US$8000,00 da gravadora e gastaram tudo em drogas, cachaça e putaria! É uma produção bem simples, mas acho que é esse o detalhe do álbum. As músicas soam naturais, sem nenhuma frescura (como em alguns outros álbuns da banda). A velocidade das músicas é algo que chama a atenção. Do começo ao fim do álbum, a pegada é a mesma, insana, rápida e crua.

Faixa a faixa

  1. O álbum simplesmente abre com Last Rites - Love to Death. Um thrash/speed metal de uma qualidade indescrtível. Aliás, começa com uma introdução de piano assustadora e depois um petardo na orelha! Rápida e rasteira. A letra fala sobre amor com muita mais ódio do que qualquer coisa. "If I can't have you, than no one will / And since I won't, I'll have to kill". É, para mim, a melhor música do álbum e a segunda melhor do Megadeth (só perde para Rust in Peace... Polaris)
  2. Sem perder o gás nem a velocidade, entra em cena a música-título Killing Is My Business... And Business is Good. Simples como o título: "Matar é meu negócio e negócio é bom"
  3. A The Skull Beneath the Skin começa "menos rápida", mas lembra um pouco a introdução do vocal da Last Rites. Depois vira aquela desgraceira toda, speed metal dos bons. Mas ela é menos pegada e mais ritmada que as anteriores. Basicamente, a letra fala de Vic Rattlehead, o mascote da banda!
  4. A música "These Boots" é, na verdade, uma paródia da música "These Boots Are Made for Walkin'", sucesso de 1966 com Nancy Sinatra. A música de 66, obviamente, não tem os palavrões da versão do Megadeth. A letra foi bem alterada. Inclusive, você só encontra esta música na versão prensada antes de 1995, porque depois disso o autor da musica exigiu que a banda tirasse ela, alegando que a versão era muito pervertida. Veja que o autor recebeu uma grana de royalties por 10 anos antes de tirá-la do ar! Em 2002 ela foi re-lançada, mas com as perversões censuradas.
  5. Rattlehead é o sobrenome da caveira, mascote do Megadeth. A temática da letra lembra um pouco a de Hit The Lights, do Metallica, que fala basicamente de ser um "banger", mas é um tanto melhor (falo da letra, ok?).
  6. A bateria de Chosen Ones é algo a se considerar. Vai que vai! Não foge da pegada principal do álbum e mantém o peso e velocidade habitual. O que é mais legal é prestar atenção às letras cheias de ódio: "You doubt your strength or courage, don't come to join with me / For Deth surely wants you, With sharp and pointy teeth".
  7. A Looking Down The Cross talvez seja a faixa que mais mostra o que viria nos próximos álbuns do Megadeth. Uma faixa mais ritmada, mais a cara do Megadeth dos anos 90 (que não deixa nada a dever).
  8. Pra fechar, temos Mechanix. Você deverá reconhecer o riff, é de uma outra música famosa ai, uma tal de Four Horsemen. Só que mais acelerado. É que o Mustaine escreveu ela antes de entrar no Metallica e levou ela depois pra banda que, inteligentemente, re-escreveu a letra e colocou no álbum Kill 'Em All. Mas, não se enganem, a original é essa! A letra fala sobre motores, carros, mecânicos comparando com uma bela trepada.

Sei que não citei os outros membros da banda, mas, como sabemos, o Megadeth é o Mustaine e mais 3. Nesta época, tinhamos a banda: Chris Poland (guitarra), David Ellefson (baixo) e Gar Samuelson (bateria).

Antes de terminar, deixo uma dica: se você ouviu este álbum e não gostou, desculpe, esse álbum não é para mocinhas! (brincadeira, amigos indies).

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Sugestão para o fim de semana

Living Colour - Time's Up

Time's Up

Estou meio (completamente) sem tempo para postagens, então acho legal uma sugestão para fazer seu fim de semana mais alegre e bonito (Rafael, seu gay). Living Colour, Time's Up.

Pra quem não conhece, Living Colour é a "bandinha do Glamour Boys". Mas a Glamour Boys não esté nesse álbum, está no Vivid, de 88. O Time's Up é de 90. Um disco perfeito, muito bom e que, pra completar, tem a belíssima Solace of You (uma música que deixa qualquer pessoa feliz). Também tem a porrada Type e a um pouco mais conhecida e divertidíssima Love Rears Its Ugly Head.

Bom, tô com pouco tempo. Ia deixar uns clipes pra vocês, mas não posso mais usar o embed do youtube para clipes oficiais por determinação das gravadoras (sempre elas!), então, vou deixar o que achei:

Living Colour no Jô Soares:

Áudio de uma das melhores músicas de todos os tempos, na minha opinião: Type

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Música para Macho #6

Motorhead

Motörhead

A Banda Motörhead atual: uma gostosa, Mikkey Dee, Lemmy Kilmister
e Phil Campbell

Como muitos devem saber, esse mês o Motörhead está em turnê pelo Brasil. Eu não estou escrevendo este post numa tentativa de apelo comercial pela vinda deles pra cá. Na verdade, eu sempre quis escrever um post sobre Motörhead no Música para Macho, o problema é que nunca tive culhões para tal. Esta banda deveria ser a número zero em qualquer discussões deste tipo, porém, falar sobre eles requer muita audácia. Você pode ser muito macho, você pode ter provado por A+B que você é. Você pode ser um excelente músico também e ter composto muitas músicas boas. Você pode ser tudo isso 3 vezes, mas você nunca será Lemmy Kilmister. Você nunca será deus.

É difícil falar sobre uma banda como esta. É difícil resumir a trajetória destes caras. Apesar de Lemmy estar na estrada há mais 40 anos (começou como roaddie da banda de Jimi Hendrix, eu sinto que nada que eu escrever vai resumir a carreira da banda de uma forma justa.

O Motörhead começou em 1975 como um trio (a formação trio foi a mais comum que a banda teve) e já mudou várias vezes de integrantes, sempre mantendo o deus Lemmy como baixista, letrista, compositor e vocalista. Participou da New Wave of British Heavy Metal e, como todas as bandas que saíram daí, influenciaram meio mundo. Muitos consideram o som da banda um Heavy Metal, outros Thrash Metal, mas, para mim, o que mais define o estilo é um Speed Metal perfeito. Aliás, melhor, é o verdadeiro Rock and Roll, assim como o Kiss dos anos 70 e 80.

Por serem um trio, as músicas, que no geral têm uma pegada mais rápida, exigem muito deles. Por isso, acho que, mesmo com alguns riffs simples, musicalmente falando, a banda dá um baile em tecnica e composições. Os atuais Mikkey Dee e Phil Campbell são perfeitos. A bateria de Dee é muito quebrada, rápida e marcante. A guitarra de Campbell dificilmente fica naquele riff de uma nota, sempre inovando e mostrando um som que condiz com uma banda do tamanho da história (e da responsabilidade) do Motörhead. O vocal de Lemmy é quase uma ofensa. Ele é tão rouco que parece que nasceu com 70 anos e com as cordas (ou pregas) vocais rasgadas. O som de seu baixo vai do simples acompanhamento da música até o solo principal. Vai do nada ao destaque completo.

Lemmy Kilmister

Lemmy Kilmister

Já passaram por várias formações (ao todo foram 10 musicos diferentes que já passaram pela banda) e, apesar da atual (Lemmy, Mikkey Dee e Phil Campbell) estar ai há mais de 15 anos, os fãs consideram a formação mais clássica a que contava com Phil "Philthy Animal" Taylor na bateria e Fast Edie na guitarra. E por motivos óbvios. Foi essa a formação que lançou, em 1980, o álbum de maior sucesso da banda, o famoso Ace of Spades. Você deve se lembrar da música, ela está no primeiro Guitar Hero, de 2005 e no Tony Hawk's 3. Se você só conhece aquele som do Motörhead, saiba que você começou bem, mas ainda falta muito pra você conhecer a banda.

Como uma forma de convencer você que nunca se deu ao trabalho de conhecer mais a fundo o material da banda a fazê-lo, sugiro que comece pelo próprio Ace of Spades (o álbum). Depois, você pode tentar o Iron Fist — ouça a faixa (Don't Need) Religion até não aguentar mais — e, na sequência, Orgasmatron (ah, o Sepultura regravou a música título, já ouviu?). Quando estiver se sentindo preparado, ouça o ao vivo No Sleep at All e, depois, Sacrifice. Ai, se você ainda estiver com as calças limpinhas e não tiver chamado sua mãe, você pode dizer que está preparado de verdade pra ouvir Motörhead a qualquer hora do dia ou da noite.

O som é o acompanhamento perfeito para uma cervejada no boteco, com uma porção de azeitonas ou tremoço. Se não for música para macho, nenhuma outra é! São os pais das músicas para macho! Eu recomendo, mas não sou o único. Se entre as suas intenções está ouvir música de verdade, Motörhead é um ótimo começo.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Capitão Nascimento é legal, mas eu prefiro Walt Kowalski

Gran Torino

Quando o filme Tropa de Elite saiu, uma febre tomou o Brasil. As crianças, os adolescentes e os adultos imitavam o personagem de Wagner Moura na sua carranquice e dureza. Eu mesmo imitei, afinal, o cara mandou muito bem. Era, como citei, uma febre.

Neste fim de semana, resolvi assistir ao então muito falado Gran Torino, o mais novo filme de Clint Eastwood e, para minha surpresa, o filme é uma obra-prima. Sei que o Capitão Nascimento do nosso Tropa de Elite e o Walt Kowalski (personagem do próprio Eastwood) não têm nada a ver. Um lidera um grupo armado das forças militares no morro do Rio de Janeiro e o outro é um veterano da guerra da Koreia vivendo em um bairro onde só sobrou ele de americano (os outros são imigrantes) e a segregação racial impera.

Mas, então, por que raios a comparação?

O Wagner Moura que me perdoe (eu realmente respeito seu trabalho), mas pra ser carrancudo e bravo, ninguém supera o eterno Dirt Harry. Agora, imaginem que ele envelheceu e ficou mais mal-humorado e mais carrancudo do que nunca. É mais ou menos o que podemos esperar de Walt Kowalski. E, para completar, o diretor de Menina de Ouro e Sobre Meninos e Lobos tem aqui, em minha humilde e inútil opinião, sua obra-prima. Sabe quando você assiste a um filme e não consegue encontrar defeitos? Foi mais ou menos o que aconteceu comigo depois de ver este filme. Eu queria sair por ai e obrigando a todos a assistir este filme. Eu queria ter uma espingarda calibre 12 em minha casa e sair expulsando vizinhos bandidos do meu quintal. Eu queria poder enfiar um trabuco na cara de um fulaninho folgado, desses que ficam tirando a moto de giro com escapamento Sarachú as 0h35 e dizer: " Já notou como você volta e meia cruza com alguém com quem não deveria ter se metido? Esse sou eu." Cara, eu queria ter os culhões do Walt Kowalski!

Não pensem vocês que eu estou desmerecendo o filme nacional Tropa de Elite (sem brasileróides aqui, ok?). Como disse, é um ótimo filme. Mas eu, sinceramente, vejo mais charme em um velho que passa suas tardes polindo seu Gran Torino 1972 do que ver o sofrimento do povo que vive a beira da miséria nos morros do Rio (não que a situação dos Hmongs, mostrada em Gran Torino, seja muito diferente). E, é claro, o charme asiático da Ahney Her me ganha fácil.

Se eu fosse seguir a descrição que li sobre o filme, eu certamente teria deixado pra trás e não teria assistido. Não diz muito mais do que "um velho veterano de guerra se revolta com sua vizinhança depois que tentam roubar seu Gran Torino". Mas, a sensação que tenho é essa mesmo, o filme te deixa sem palavras. É só assistindo pra saber! Eu recomendo!

quinta-feira, 9 de abril de 2009

MTV Britânica elege os melhores discos da história

Fonte: Enter Magazine

Ai vai a lista (comentários a seguir)

  1. Michael Jackson – Thriller
  2. Craig David – Born To Do IT
  3. Guns ‘N’ Roses – Appetite For Destruction
  4. Radiohead – OK Computer
  5. Nirvana – Nevermind
  6. Oasis – (What’s The Story) Morning Glory?
  7. Oasis – Definitely Maybe
  8. U2 – The Joshua Tree
  9. Arctic Monkeys – Whatever People say I Am, That’s What I’m Not
  10. Amy Winehouse – Back to Black
  11. The Strokes – Is This It?
  12. Kanye West – The College Drop Out
  13. The Stone Roses – The Stone Roses
  14. Eminem – The Marshall Mathers LP
  15. The Smiths – The Queen Is Dead
  16. Rage Against The Machine – Rage Against The Machine
  17. Prince; The Revolution – Purple Rain
  18. REM – Automatic For The People
  19. Usher – 8701
  20. Pixies – Doolittle
  21. The Notorious B.I.G – Ready To Die
  22. Lauryn Hill – The Mis-education of Lauryn Hill
  23. Human League – Dare
  24. Jay-Z – Blueprint
  25. Dizzee Rascal – Boy In Da Corner

Depois que eu falo que Londres é a capital da viadagem mundial, eu sou extremista. Quando digo que a MTV (atual) fabrica adolescentes anecéfalos, exagero. Quando digo que vivemos em uma geração musicalmente perdida, sou um velho. Ora, então me falem o que esse monte de merda dessa lista tem pra estar ai? Quer a resposta? Simples: foram eleitos por moleques. Moleques bobos que cresceram ouvindo esse monte de merda. Eu nunca ouvi 90% dessa lista, mas sou arrogante e prepotente o suficiente pra dizer que é um monte de lixo! Desses 25, posso extrair daí, chutando alto, 10 excessões. Mas, cacife pra estar nessa lista, acho que poucos têm: o Michael Jackson e seu maravilhoso Thriller, o Guns 'n' Roses e o revolucionário Appetite for Destruction, o Nirvana com o surpreendente Nevermind, o U2 com o grande The Joshua Tree. De resto, temos ai até alguns bons discos, mas, pô, melhores de todos os tempos! Aí não...

Britsh flag and Beatles

Faltou vocês, hein?

Pixies, RATM, The Smiths, REM e Oasis até têm meu respeito, mas considerar seus álbuns entre os maiores da história, ai eu acho complicado (na verdade, o erro ai foram incluir dois do Oasis. Um até seria justo).

Ok, eu sei, sou um puta xiita no quesito musical, só ouço rock and roll e suas vertentes mais próximas. Conheço muito pouco de qualquer outro estilo musical, sou praticamente um ignorante no que foge do arroz com feijão do metal. Mas eu sei respeitar um grande artista. Sei que bandas como Queen, Black Sabbath, Beatles, Rolling Stones não podem faltar nessas listas. Mesmo eles já terem dado no saco de muitos, mesmo sendo música do século passado, mesmo sendo aquela mesmice, mas, porra, eles criaram essa bagaça toda! Se você quer uma lista que envolva os melhores de todos os tempos, você tem que se respeitar os melhores de TODOS os tempos! Pô, Jay-z, Usher, Arctic Monkeys, Eminem, The Strokes numa lista dessas? Pô, a galera indie tá dominando mesmo o mundo! Colocaram suas músicas no topo! Podem me xingar, eu aceito. Só não aceito uma lista dessas. Eles podem ser bons, mas estão longes de serem os melhores. Sei que é uma lista Britânica e que lá a música é diferente, mas os melhores não vieram de lá também?

Na linha do hip-hop, acho justo incluir o The Notorious B.I.G. Pelo pouco que conheço de hip-hop / rap, sei que era um sujeito respeitado em seu meio. Mas me lembro que nos anos 90, a música rap era bem mais profissional do que hoje. Eu não gosto. Nada contra que ouve, apenas acho o movimento gangsta rap a mesma babaquice do funk carioca. Até pra tratar mal uma mulher, é necessário classe.

Não tenho cacife para criar minha própria lista, misturando todos os gêneros. Poderia criar uma de thrash metal, rock and roll ou algo do tipo. Mas, se fosse fazê-lo, incluiria mitos da música como: Tina Turner, Beatles, Elton John entre muitos, muitos outros. Se algum de vocês, leitores, quiser fazer a sua, sinta-se a vontade (ganhará um post com sua lista).

E me desculpe você, amigo leitor, que gosta de Indie Rock, Gangsta Rap ou Pop. Não me odeiem por falar o que penso, em vez disso, deixe seu comentário me xingando.

UPDATE

Acabo de ler aqui http://www.postchronicle.com/news/original/article_212221759.shtml que a lista engloba apenas os discos de 81 em diante (falha minha e da Enter Magazine). Mas, mesmo assim, essa lista tá beeeem mal feita.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Peter Criss

O baterista original do KISS, Peter Criss, fará uma aparição em uma exposição de modelos e brinquedos que acontece entre 17 e 19 de abril no Hilton Hotel em Parsippany, New Jersey, EUA. De acordo com um post em seu website "Peter vai dar autógrafos e tirar fotos. Os autógrafos para os convidados custarão $40,00. As fotos serão tiradas pelo nosso fotógrafo e custarão $10,00."

Fonte: Portal Novo Metal (http://www.novometal.com/news/noticia.php?id=16894)

Não pude deixar de comentar. Caras, o Peter Criss foi tão bem com o Kiss e depois disso só fez merdas. Não tem muito o que escrever sobre, é apenas hilário!

Ah, o Peter Criss nacional é o Marcelo D2!

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Um pouco da história do Machine Head

Este post iria se chamar "Through The Ashes of Empires - a volta por cima", mas escrevi tanto que tive de mudar...

Não sei quanto a você, mas Through The Ashes of Empires é meu álbum favorito do Machine Head.

Mas, cara, por que esse é o melhor?

machine Head - Burn my Eyes

Bom, vamos recaptular. O Machine Head começou muito bem (mas muito bem mesmo!) em 1994 com o álbum Burn my Eyes. Um álbum agressivo, seguindo uma linha mezzo Pantera, mezzo Slayer. Agressivo, rápido, com riffs quebrados, solos matadores e tudo aquilo que se faz obrigatório para uma banda de metal vinda da Bay Area californiana. Robb Flynn dizia adeus ao Vio-lence em grande estilo! O álbum era praticamente perfeito e a RoadRunner agradece até hoje por isso.


Machine Head - The More Things Change

Logo depois veio o The More Things Change. Este não vendeu tanto, mas conseguiu ser mais pesado, mais agressivo e mais extremo que o Burn My Eyes. Obviamente então, é um álbum excelente. Se um fã da banda me disser que não gosta desse álbum, eu vou solicitar que ele procure auxílio médico.

As coisas começaram bem demais pra uma banda. Também pudera, Robb Flynn tocou, simplesmente, com Vio-lence e Forbidden, duas bandas de thrash metal americanas que fizeram escola. Mas, alguma coisa o incomodava...


Machine Head - The Burning Red

Em 1999 o chamado "movimento" New-Metal estava vindo com tudo. Era o fim da mesmice. Era o começo de uma nova forma de se fazer metal. Pesado, cru, industrial. Simples, direto e com uma mão no hip-hop. Sucesso na certa! O Machine Head entrou nessa também. O lançamento do The Burning Red foi uma guinada na vida musical da banda. Tudo mudou. Olhando pra o passado, hoje, pareciam que estavam em um circo. Cabelos coloridos, mais curtos, roupas e video clipes coloridos, tudo muito diferente de uma banda que gravou o clipe de Ten Ton Hammer pouco tempo antes (exceto pelo Adam Duce, que sempre foi o Adam Duce). Mas era isso, o New Metal era isso. Não era viadagem, era uma forma de chocar os tr00s oitentistas que diziam que o metal era imortal. Eles mataram e reviveram o metal, refazendo-o de uma forma mais popular.


Machine Head - Supercharger

Só que, como todo sucesso, o new metal "deu no saco". Chegamos a um momento onde todas as bandas era iguais, fazendo o mesmo tipo de música, a mesma temática nas letras, os mesmo "weeh weeh weeh" nas guitarras. Tudo igual. E foi nesse momento, em 2001, que o Machine Head lançou o álbum Supercharger. Para muitos o maior erro da banda. Para outros muitos, o maior acerto. Músicas ainda mais simples, ainda mais rap, ainda mais industrial, ainda mais "feliz". Era a época, era o que as bandas estavam fazendo. Não adiantava ir contra o óbvio. A banda perdeu os fãs mais tr00s, mais antigos, porém, lucrou muito com uma leva enorme de novos fãs. Vendidos? Talvez não. Se você viveu bem essa época (nem faz tanto tempo assim), sabe que aquilo era a atitude, aquilo era o "Thrash Metal do novo século" (comparando apenas a atitude, não a sonoridade). O Machine Head fez isso muito bem (sim, porque mesmo não sendo o Machine Head do começo, ainda era melhor do que 90% das bandas que faziam isso).


O tempo passou, a banda mudou. Depois da saída de Logan Mader (1998) e de Ahrue Luster (2002), a banda chamou Phil Demmel para as guitarras. E este, pra mim, foi o maior acerto da banda. Phil também havia tocado no Vio-lence e, nesse momento, tudo que a banda precisava era voltar às origens, afinal, se em 2001 o new-metal já era repetitivo, imaginem em 2003! E foi nessa hora que eles deram a volta por cima mais perfeita que uma banda podia dar, lançando o épico Through the Ashes of Empires!

Machine Head - Through the Ashes of Empires

O álbum abre em tão grande estilo, mas tão grande estilo, que, se parasse ali, já seria um enorme feito. Imperium é a faixa mais completa do Machine Head. E o pé na porta para abrir uma nova éra. Mas, por incrível que possa parecer, o álbum não para aí. E continua no mesmo nível. Pesado, extremo, técnico e, acima de tudo, metal. Só metal. Não é tão rápido quanto os dois primeiros, mas é mais técnico e mais carregado. É uma aula de música nos anos 2000! Cabelos compridos e roupas pretas completavam o visual (porque queira você ou não, o visual também faz parte de uma banda). Era isso, Robb Flynn, Adam Duce, Phil Demmel e Dave McClain davam seu recado em forma de música.


Machine Head - The Blackening

Depois disso, de sentir novamente o gostinho do metal (o bom e velho) e sua sonoridade, a banda descobriu que sabia fazer isso como poucos. Provaram isso com o The Blackening. É o álbum mais próximo do Thrash Metal que a banda lançou. Uma usina de bons riffs com muito peso e vocais agressivos. Fica muito claro que o Metallica dos anos 80 influenciou muito este álbum. Muitos o comparam com o Master of Puppets, dizendo que este é o Master of Puppets dos anos 2000. Eu não acho que chega a tanto (me desculpem, Master of Puppets e Hell Awaits só existiu um), mas acho que, depois desse álbum, muita coisa mudou na música. As bandas começaram a fazer metal novamente e o Machine Head pode ser um dos responsáveis por isso.


Observação: minha intenção era colocar clipes do Machine Head de cada época, mas as gravadoras proibiram o youtube de publicar videos-clipes.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Recomendação para uma sexta-feira mais feliz

Hellacopters - Grande Rock

Você conhece The Hellacopters? Não? Eita...

The Hellacopters - Grande Rock

The Hellacopters - Grande Rock

Resumindo, The Hellacopters é uma banda de rock and roll (no melhor sentido da palavra) Sueca, liderada por Nicke Andersson, ex-bateirista do Entombed.

Feitas as apresentações, vou apenas sugerir nesse post que você ouça, assim que possível, o álbum Grande Rock. Não sou um exímio conhecedor da banda, mas já ouvi todos os álbuns. Sei que o By the Grace of God é o mais falado, mas eu gosto muito do Grande Rock.

Então, é isso. Fica ai a dica. Se você quiser ouvir um som muito bom e ainda não ouviu este álbum, eu garanto que não vai se arrepender. Pode melhorar sua sexta-feira!

Como destaque, eu recomendo a música Welcome to Hell

Até o próximo! E, se possível, deixem seus comentários sobre o álbum.