segunda-feira, 30 de março de 2009

Metallica e Slayer: quase três décadas

Acabo de ler na Novo Metal que o Metallica disponibilizou um vídeo oficial da banda tocando a nova música "My Apocalipse". É a última música do álbum novo, o Death Magnetic. Uma faixa legal, com um peso bem agradável (peso agradável = música pesada, mas não porrada) e vocal mais ou menos rasgado, lembrando um pouco o James Hetfield do Black Album. Veja e tire suas conclusões:

Já o Slayer tem tocado sua música nova em alguns shows, a "Psychopathy Red". O álbum ainda não saiu, mas promete. Vejam também e tirem suas conclusões:

Viram? Agora deixa eu tirar as minhas conclusões: Metallica e Slayer são as principais bandas da Bay Area Californiana. Eles trouxeram o thrash metal, eles criaram e, se quiserem, eles matam. Eu não posso dizer se gosto mais de uma ou de outra. Ambas são, para mim, perfeitas. Mas, vendo estes dois vídeos, pude perceber porque o Slayer nunca teve a fama do Metallica, mesmo sendo melhor tão bom quanto.

Muitos anos se passaram. Para ser mais exato, mais de 25 anos se foram desde que essas bandas mostraram todo o seu ódio em forma de música. Muita coisa mudou de lá pra cá. O Slayer lançou uns álbuns mal-vistos pelo seus fãs mais leais, o Metallica lançou alguns mais. Ai o Slayer lançou um álbum que trazia de volta a pegada mais oitentista e o Metallica foi na mesma. Só que, vendo eles ao vivo no glorioso you tube, percebemos que o Slayer continua sendo aquela banda feia, mal encarada, fedida, sem pai que canta músicas feias, fedidas, mal encaradas e sem pai. O Tom Araya continua cantando feio, voz rasgada, assustando crianças e o resto da banda nem se fala. Já o Metallica evoluiu muito com o tempo. De um bando de "feinhos" tocando música pesada, se tornaram bons rapazes, com caras agradáveis e sabendo o timming das coisas. Ao vivo, o James Hetfield não canta mais tão bravo nem feio. Mas agrada. Sabe agradar. Eu mesmo gosto deles ainda. E gosto muito. A simpatia da banda supera até os episódio do Napster (na verdade, Lars Ulrich é um merda, mas o James consegue aliviar a barra dele).

É por isso que eu digo: tapinha nas costas e resenhas positivas não enchem barriga. Se não agradar o público, não gera renda. Não é a toa que o Death Magnetic vendeu, em três dias, 490.000 cópias, enquanto o Christ Illusion vendeu 62.000 em uma semana. Eu gostei mais do Christ Illusion, mas quem sou eu? nem comprar o álbum eu comprei (nem o Death Magnetic).

A verdade é que essas duas bandas lançaram, nos anos oitenta, os álbuns mais completos que o thrash metal conheceu, mas hoje em dia, muita coisa mudou. Mais pra uns do que pra outros.