terça-feira, 31 de março de 2009

Álbuns que me vão bem a qualquer hora

Depois de ver que as listas estão dominando o mundo (a começar pelo Facebook), fiz aqui uma lista com 10 álbuns que eu posso ouvir a qualquer hora e que sempre caem bem. Não são os álbuns definitivos da minha vida (até porque fica difícil, música é fase), mas são álbuns que eu posso ouvir o tanto que for que não cansarei. Serve como dica ai, pra quem quiser ouvir algo e não conheça algum destes (ok, alguns são bem comuns).

Top 10 maiores álbuns do meu momento:

Angel Dust
Angel Dust (Faith No More)
Terceiro álbum da banda, que traz um Mike Patton mais inspirado e mais seguro. A banda estava musicalmente perfeita e bem entrosada, apesar das tretas posteriores (a saída do Jim Martin).
Hell Awaits
Hell Awaits (Slayer)
Pra mim, o melhor álbum do Slayer. Uma aula de thrash metal.
Master of Puppets
Master of Puppets (Metallica)
Acho que não preciso falar muito. É o álbum que mostrou pro mundo o que era thrash metal. Unanimidade entre os apreciadores da música bem feita.
Through the Ashes of Empires
Through the Ashes of Empires (Machine Head)
Pra mim, a volta por cima do Machine Head. Depois de começarem perfeitos e darem uma escorregada, voltaram em grandissíssimo estilo.
The Great Southern Trendkill
The Great Southern Trendkill (Pantera)
Penúltimo álbum do Pantera e o mais violento deles. Começa tão insano com a música-título que dá até medo de terminar. Coisa Linda!
Rust in Peace
Rust in Peace (Megadeth)
Além de ter minha música favorita do Megadeth (a própria Rust in Peace... Polaris), é uma aula de thrash metal, junto com o Hell Awaits e o Master of Puppets. Realmente, nesse álbum, Dave Mustaine deu o troco no Metallica.
Say Something Nasty
Say Something Nasty (Nashville Pussy)
Meu favorito deles. Muitos torcem o nariz porque a banda começou a pisar no freio ai, mas eu acho que eles atingiram a perfeição ai.
Highway to Hell
Highway to Hell (AC/DC)
Último álbum com Bon Scott. Gosto particularmente por abrir com Highway to Hell. Rock de macho!
Better off Dead
Better off Dead (Sodom)
Pelas duas primeiras músicas você já sente a pegada. Aí, pra completar, eles ainda fazem um cover de Tank, com Turn Your Head Around. Ah o thrash metal alemão. Como são bons!
Kings of Beer
Kings of Beer (Tankard)
Se considerarmos que a banda começou em 1982 e em 2000 lançou um álbum nesse nível, é pra respeitar mesmo. Eu gosto de todos, sem excessão, mas esse me vai bem até assistindo filme triste. Ah o thrash metal alemão (2).

E ai? Afim de fazer sua lista também? Afim de sugerir? Comentem!

segunda-feira, 30 de março de 2009

Metallica e Slayer: quase três décadas

Acabo de ler na Novo Metal que o Metallica disponibilizou um vídeo oficial da banda tocando a nova música "My Apocalipse". É a última música do álbum novo, o Death Magnetic. Uma faixa legal, com um peso bem agradável (peso agradável = música pesada, mas não porrada) e vocal mais ou menos rasgado, lembrando um pouco o James Hetfield do Black Album. Veja e tire suas conclusões:

Já o Slayer tem tocado sua música nova em alguns shows, a "Psychopathy Red". O álbum ainda não saiu, mas promete. Vejam também e tirem suas conclusões:

Viram? Agora deixa eu tirar as minhas conclusões: Metallica e Slayer são as principais bandas da Bay Area Californiana. Eles trouxeram o thrash metal, eles criaram e, se quiserem, eles matam. Eu não posso dizer se gosto mais de uma ou de outra. Ambas são, para mim, perfeitas. Mas, vendo estes dois vídeos, pude perceber porque o Slayer nunca teve a fama do Metallica, mesmo sendo melhor tão bom quanto.

Muitos anos se passaram. Para ser mais exato, mais de 25 anos se foram desde que essas bandas mostraram todo o seu ódio em forma de música. Muita coisa mudou de lá pra cá. O Slayer lançou uns álbuns mal-vistos pelo seus fãs mais leais, o Metallica lançou alguns mais. Ai o Slayer lançou um álbum que trazia de volta a pegada mais oitentista e o Metallica foi na mesma. Só que, vendo eles ao vivo no glorioso you tube, percebemos que o Slayer continua sendo aquela banda feia, mal encarada, fedida, sem pai que canta músicas feias, fedidas, mal encaradas e sem pai. O Tom Araya continua cantando feio, voz rasgada, assustando crianças e o resto da banda nem se fala. Já o Metallica evoluiu muito com o tempo. De um bando de "feinhos" tocando música pesada, se tornaram bons rapazes, com caras agradáveis e sabendo o timming das coisas. Ao vivo, o James Hetfield não canta mais tão bravo nem feio. Mas agrada. Sabe agradar. Eu mesmo gosto deles ainda. E gosto muito. A simpatia da banda supera até os episódio do Napster (na verdade, Lars Ulrich é um merda, mas o James consegue aliviar a barra dele).

É por isso que eu digo: tapinha nas costas e resenhas positivas não enchem barriga. Se não agradar o público, não gera renda. Não é a toa que o Death Magnetic vendeu, em três dias, 490.000 cópias, enquanto o Christ Illusion vendeu 62.000 em uma semana. Eu gostei mais do Christ Illusion, mas quem sou eu? nem comprar o álbum eu comprei (nem o Death Magnetic).

A verdade é que essas duas bandas lançaram, nos anos oitenta, os álbuns mais completos que o thrash metal conheceu, mas hoje em dia, muita coisa mudou. Mais pra uns do que pra outros.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Wake Up Dead

Megadeth - Wake up Dead

Dave Mustaine, em um dia inspiradíssimo, deve ter composto a melodia de Wake Up Dead. Mostrou pros então integrantes do Megadeth na epóca, todo orgulhoso: "Caras, compus a música mais foda de todas até agora! Quase tão foda quanto Last Rites!". Os outros integrantes devem tê-la ouvido e achado realmente uma composição irretocável. Mas ela tinha um problema: a letra. "Caras - deve ter perguntado o Dave - alguém tem uma letra pra por nesse som?". Como ninguém tinha nada, ele pôs isso ai:

Peace Sells... But Who's Buying?

O álbum Peace Sells... But Who's Buying?

Wake Up Dead

I sneak in my own house
It's four in the morning
I've had too much to drink
Said I was out with the boys
I creep in my bedroom
I slip into bed
I know if I wake her
I'll wake up dead
I wonder, will she find out
About the other, other lover
Diana

Wake up dead, you die
Wake up dead, and buried
Wake up dead, you die
Wake up dead

Convenhamos, que letra mais boqueta! Tipo, quase uma letra de música sertaneja!

Mas, tudo bem, a música é tão perfeita que a gente esquece a letra. Eu mesmo, não me apego a isso... mas falo disso outro dia!


Megadeth - Wake Up Dead

quinta-feira, 26 de março de 2009

Música para Macho #5

Hogjaw

Estes dias, discutindo na comunidade do Black Label Society do orkut, tentei chegar à conclusão do que pode ser considerado "Música para Macho". Cheguei à seguinte conclusão: você ouve a música e tem vontade de beber, comer um torresmo, peidar, arrumar briga (de bar, não de pitboy, aquelas tretas de bebado mesmo), arrotar alto, apertar uma bunda (mas nao uma bundinha durinha de modelo fresquinha, uma bunda grande de uma mina que goste da coisa)... essas coisas. Ai eu considero apto a entrar no música para macho. Eu acho que a banda que vou falar aqui resume bem tudo isso, o Hogjaw.

Pra começar, o nome da banda: Mandíbula de Javali! Cara, javali é uma carne deliciosa e, certamente, os integrantes da banda devem comer no café da manhã! Duvida? Olha a cara dos fulanos:

Hogjaw band - KWALL ,JonBoat Jones, Elvis DD, Craig Self

KWALL ,JonBoat Jones, Elvis DD, Craig Self


Ela me foi apresentada na própria comunidade do BLS e foi logo absorvida pelo meu gosto um tanto bizarro.

O estilo de som dos caras é o famoso rockão do sul, a exemplo dos já citados Nashville Pussy. Mas é um rock muito bem recheado, com riffs muito bons e que não enjoa com facilidade. Passa próximo ao country, mas deixa bem claro as influências de Lynyrd Skynyrd, mas ao mesmo tempo dá pra sentir uma pegada próximo ao próprio Black Label Society ou, talvez, o Down. É um som bem completo, acho que posso considerar um grande achado da indústria fonográfica. Me faz crer novamente na música em pleno século XXI. Eu não estou exagerando, não! Achei o som incrível mesmo! Mas, só experimentando pra saber, então ai vai o vídeo da Gitsum. Reparem nos trabucos dos caras!

Lançaram seu primeiro álbum "Devil in the Details" em agosto de 2008 e já começaram muito bem! Infelizmente no Brasil não saiu nada sobre a banda. Aliás, se não fosse os amigos garimpadores da Internet, não saberia nem da existência dessa banda simplesmente incrível! Mas essa é minha opinião, né... Se alguem discordar, por favor coloquem nos comentários suas ressalvas.

E, mais do que nunca, vamos abrir uma cerveja e comemorar essa banda maravilhosa! Saúde, amigos beberrões!

Outras resenhas sobre a banda

Bomba de Bacon

bacolicious

Melhor que essa receita, só isso

Sei que foge do assunto dos últimos posts, mas preciso compartilhar esta maravilha!

Recomendo apenas àqueles adeptos da culinária saudável (aviso aos vegans: imagens fortes). Tenho certeza que no sétimo dia, Deus criou o homem, olhou e pensou: "posso fazer melhor". Criou a mulher e não se viu satisfeito ainda. Criou um leitãozinho e deu por finalizada sua obra-prima. Subiu aos céus e descansou, feliz e satisfeito apreciando essa receita!

terça-feira, 24 de março de 2009

CDs originais. Vale a pena comprar?

Acabei de receber uma encomenda da secondspin.com com alguns cds. É a primeira vez que compro com os caras (recomendo!). Quando peguei o pacote, fiquei pensando: "Por que eu ainda gasto dinheiro com CDs?" Resolvi escrever o porquê.

Ter CDs pra mim é um gosto. Sou apaixonado por música. Não tenho muitos. Ao todo, deve chegar próximo a uns 100. Muitos me chamam de babaca por manter tal gosto idiota: "Pô cara, você pode baixar tudo na Net!", "Pra que você fica alimentando este bando de sanguessugas das gravadoras?", "Besteira, você só ouve MP3, que diferença vai fazer?". Esses são os tipos de críticas que mais ouço. E isso fica me incomodando. Por que percebo que as pessoas que me dizem isso, não estão querendo cuidar da minha vida, mas sim, defendendo um ponto de vista. E eu as respeito. Mas continuo comprando.

Não tiro a razão de nenhuma delas. O que diz que posso baixar na Net, tá certo. O que diz que estou alimentando um bando de sanguessugas, também tem sua razão. O que diz que só ouço MP3, está quase certo (no carro, eu ainda tenho só o cd player). Então eu estou errado?

Acontece que, meu ponto de vista é um pouco diferente. Não muito, mas é. Pra começar, eu não compro qualquer coisa. Compro apenas cds baratos. Aqueles em promoção nas bacias do mercado, usados da galeria e afins. O mais caro que comprei nos últimos 5 anos me custou R$16,00. Era o South of Heaven, do Slayer, importado, usado, mas em perfeito estado. Não sei qual sua renda mensal, mas na minha coube sem problemas. Na second spin, comprei dois do Nashville Pussy, que não sairam no Brasil, usados, pela bagatela de US$4,00 cada. Trocando em miúdos, R$10,00 cada + a taxa de entrega de US$8,00, saiu R$16,00 cada um, mais ou menos. Também não sei se posso considerar um preço abusivo. No ano passado, a EMI colocou quase todos os cds do QUEEN em promoção: R$14,00 cada. Comprei 3 de uma vez. Também acho que não paguei caro.

Eu gosto de poder colocar um cd pra tocar, ver o encarte, as informações, os agradecimentos. Sei lá, é uma forma de sentir a pegada da banda. É minha forma de tietagem. Ver a estante cheia, poder falar "Eu tenho esse CD" quando a música tocar em algum lugar. Tem encarte que é muito legal, cheio de informações, letras, fotos da banda, histórias. Acho que é uma forma também da banda lhe retribuir por fazer tal esforço (uma coisa que não entendo é banda que coloca encartes vazios, sem nem uma maldita foto, uma arte, nada). É besteira? É! Mas, fazer o que? Mais vale um gosto que dinheiro no bolso.

Quanto a sustentar os sanguessugas das gravadoras, eu penso um pouco diferente. Cada um ganha seu dinheiro com seu trabalho. Não sou comunista ou socialista a ponto de pensar que é errado lucrar com a venda de seu trabalho. Acho errado, sim, você abusar do seu poder de lucro. E é por isso que não compro nada que não considere justo o preço. Afinal, se eu realmente quero ouvir algum som, eu baixo em MP3, o cd é apenas um souvenir e eu não pagarei um absurdo por isso. Então, se o preço for justo, eu compro, sustento o sanguessuga (que também está trabalhando) e tá tudo certo.

domingo, 22 de março de 2009

Álbuns que fazem você dizer "PQP"!

Queen - A Night at the Opera

Eu nunca gravei um álbum. Na verdade, nem uma música. Mas eu acho que quando uma banda grava um álbum supremo, ela sabe que ele será um clássico. Acho que a banda percebe que fez uma obra-prima. Pra mim, um exemplo perfeito desse caso é o A Night at the Opera, dos britânicos do Queen.

A Night at the Opera

A capa de A Night at the Opera (1975)

Muita gente pode discordar. E isso é justo. O Queen não é uma banda fácil. Apesar de possuírem mega sucessos, muitos não os consideram bons o suficiente para gravar álbuns fenomenais, apenas músicas fenomenais. Mas, muitos que falam isso, imagino eu, nunca tenham ouvido um disco do Queen inteiro e com atenção necessária. Eu sugiro que o façam com o A Night at The Opera.

Este foi o quarto disco da banda, lançado em 1975. De acordo com a Wikipédia (God Bless the Wikipédia!), a banda foi considerada extravagante na época, pois gravaram um instrumento em cada estúdio. Segundo Freddie Mercury, isso era apenas perfeccionismo.

É uma pena que as músicas do Queen não cantadas por Freddie Mercury são muito pouco conhecidas. Neste álbum temos exemplos diversos.

Vamos lá ao que interessa, o faixa a faixa:

  1. Death on Two Legs - a primeira faixa abre o álbum com uma introdução de piano que quase diz: "Hey cara, ai vem um álbum f*da. Escute até o fim!" É uma faixa linda, uma das melhores do disco. Belo solo de guitarra, os famosos backing vocals, uma pena não ter se tornado um grande hit. Segundo a Wikipédia, a música foi feita em uma "não-homenagem" ao empresário da banda à época, afastado por conduta financeira pouco honesta.
  2. Lazing on a Sunday Afternoon - uma música com a cara do Queen. Mas muito a cara do Queen mesmo! Pena ela só ter 1:07.
  3. I'm in Love with my Car - no encarte diz: Dedicated to Johnathan Harris, boy racer to the end. Johnathan foi roadie da banda e possuía um Triumph TR4. A música é cantada pelo baterista Roger Taylor. Tem uma introdução triunfal.
  4. You're my Best Friend - um dos maiores hits do Queen, foi composta por John Deacon em homenagem à sua esposa Veronica Tetzlaff.
  5. '39 - Com letra, música e vocais de Brian May. Uma balada linda, daquelas que o refrão ("Don't you hear my call / Though you're many years away / Don't you hear me calling you"), com direito à backing vocals de Freddie Mercury faz você arrepiar.
  6. Sweet Lady - Talvez a faixa mais pesada do álbum (considerando que falamos de um Queen de 75), foi escrita por May para ser mesmo uma faixa pesada, com uma linha de baixo agressiva. Tanto que Taylor afirmou ter sido a composição mais dificil que ele havia tocado até então.
  7. Seaside Rendezvous - entrada de piano dos anos 50, que entraria facilmente em um desenho do pica-pau de polainas. Lembra muito as composições do Queen dessa época, com backing vocals, pianos, tubas, trompetes, assovios e uma levada divertida.
  8. The Prophet's Song - Como descrever uma música dessas...? Feita para ser um clássico, são 8:20 de viagem musical. Não consigo descrever. A música tem até um solo em capela (ou coisa do tipo). É quase uma 2112, mas com o Queen e 1/3 do tempo.
  9. Love of my Life - ah, é aquela música que, quando executada ao vivo, não é necessário cantar as letras, o público canta. Você deve conhecer. No Brasil, talvez, essa foi a música do Queen que mais fez sucesso.
  10. Good Company - outra música do May, com o próprio cantando. Uma música "muito bonitinha", com banjo e levada feliz. "Take care of those you call your own, and keep good company."
  11. Bohemian Rhapsody - Minha música favorita. Dentre todas que já ouvi, esta é A MÚSICA pra mim. A revista Rolling Stone a colocou como a música #163 das 500 maiores de todos os tempos. Eu acho que eles não a escutaram como eu escuto. Sério, pra mim não existe música igual. Muitas são as histórias sobre a letra, eu penso assim: é a narração sobre um cara que mata alguém, vai pro inferno e, chegando lá se arrepende. É como eu vejo, não faz sentido, mas eu vejo assim!
  12. God Save the Queen - é, pra fechar um evento como este, nada como um hino.

E, se você ainda não tem essa obra prima, recomendo fortemente!

quarta-feira, 18 de março de 2009

The good ol' Southern Rock

Cada vez mais me surpreendo ouvindo músicas que eu não ouvia antes (e cada vez mais graças ao homem-enciclopédia Luis Milanese). Ultimamente tenho ouvido tanto southern rock que chego a achar que foi a melhor coisa que os americanos (ou estado-unidenses) fizeram pela música.

Vou citar aqui duas músicas do Lynyrd Skynyrd que não são tão conhecidas, mas acho que valem muito a pena. Ambas são do álbum Second Helping, de 1974 e, na minha opinião, o melhor:

Divirtam-se...

Lynyrd Skynyrd - The Ballad of Curtis Loew

Lynyrd Skynyrd - I Need You

Essa eu mando como dica pra quem quer agradar a patrôa. Se ela (ou você) não manjar de inglês, pega ai.

terça-feira, 17 de março de 2009

Carteira de Estudante. Qual é?

Hoje, antes de vir trabalhar, me sentei no trono e li uma matéria da revista Mundo Estranho deste mês que falava sobre a carteira estudantil. Sabem, aquela famosa carteira que dá descontos em um monte de atração cultural (ou não) para quem é estudante. Opa, para quem é estudante? Ahn, quase isso né. Para quem é esperto. Isso, os descontos são para quem é esperto.

Quando cheguei aqui no trampo, fui procurar alguém falando sobre isso (ou alguém que partilhasse da mesma opinião que eu) e me deparei com este vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=R7S_ZP-XUT8

Eu acho que não há muito mais o que falar. Mas, se você não tá com saco de assistir (na verdade, ouvir) o vídeo, eu vou comentar.

A carteira de estudante é, sim, um direito mal interpretado. A princípio, eu entendia que ela serviria para aquele adolescente, que ainda era sustentado pelos pais, poder ir ao cinema, ao show da banda favorita, ao teatro e pagar mais barato. Apenas isso. Só que, por algum motivo (não vou entrar no mérito de discutir qual seria este), os preços dos "espetáculos culturais" aumentaram insanamente. Lembro que em 1999, o Kiss fez um show em São Paulo, no autódromo de Interlagos, onde o preço do ingresso era R$50,00. Na época, não fui porque o preço superava minhas econômias (teria de gastar R$15,00 na carteira de estudante + R$25,00 no show - não dava). Mas, o que já era caro, extrapolou. Domingo, o Iron Maiden fez um show no mesmo local e o ingresso mais barato saia por R$140,00! (novamente, não vou nem entrar no mérito da organização do show). Já o show do KISS , próximo da lista, sairá pela bagatela de R$170,00! E a carteira de estudante , agora sai por R$40,00. Alguma coisa está errada ai, não está?

Se você digitar "carteira de estudante " no Google, verá a infinidade de resultados do tipo "Venda de carteiras de estudante UNE e UBES". Virou um mercado lucrativo!

Novamente, somos feitos de trouxas. As bandas vêm pro Brasil e não podemos ir. Os preços não param de aumentar. Tem até show nacional por R$100,00 . Mas, quer saber a real? Trouxa é quem paga! E não to falando da inteira, não. Trouxa é quem paga qualquer quantia! Porque você, meu caro amigo espertalhão portador da carteira de estudante, pagou duas vezes. Uma pela carteira e outra pelo ingresso, que não tem nada de meia entrada. É o trabalhador quem paga dobrado!

E você, amigo sindicalista, esquerdista, socialista, UJSista ou coisa do tipo, por favor, prove que eu estou errado.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Por que é tão legal ser hype?

Obs: depois de reler, pensar e debater, descobri que o problema não eram os indies, mas sim os hypes

Porque a cena hype está tão na moda? Qual o grande barato de ser hype? Mostrar pros outros que você é inteligente e descolado? Que você lê Dostoievski, vota no PSTU, veste roupas caras e está antenado com os últimos assuntos? Que seu cabelo e sua barba por fazer são o máximo?

Caras, desculpem a franqueza, mas foda-se! Porra, o que você tem de mais cool que os outros? Você já parou pra pensar se alguém tá cagando pro Almodóvar e pro seu papinho pop? Se eu me importo com o fato de você ter um Macinstosh e eu um pc montado em casa rodando windows piratão? Ora, será que realmente você faz alguma diferença pro mundo? Vocês adoram esse papinho existencialista intelectualóide, mas alguma vez você fez algo útil pro mundo? Eu nunca fiz, por isso não encho o saco dos outros. Ok, vá ao seu barzinho na paulista, ao seu pub com cervejas a R$15,00 a garrafa e continue por ai dizendo que é cool. Eu não me importo, mas, por favor, não me encham o saco! Não me venham com aquele papo de que os Americanos estão roubando a Amazônia. Que o Barack Obama vai salvar o mundo. Que George Bush era o anti-cristo. Que os chineses estão destruindo o mundo. Que as empresas multinacionais estão sufocando as nacionais. Que Atari é o melhor vídeo-game. E, acima de tudo, não me venha dando de hype-pseudo-socialista-comunista. Porque ai, você chuta o balde! Che-Guevara pra cima de mim, não, por favor! Bandido bom é bandido morto!

Eu assisto filmes Hollywoodianos. Eu ouço música sem conteúdo. Eu leio pouquíssimos livros. Eu escrevo mal. Eu não tenho sensibilidade pra arte. Eu bebo cerveja barata em botecos de bairro. Eu preferia morar em Araçatuba a Londres (diga-se de passagem, a capital da viadagem). Eu saio com os amigos pra comer cheese-egg-bacon e tomar Itaipava. Eu não voto em partidos de esquerda. Eu não gosto de beber na paulista. E, acima de tudo, eu não acho que você deveria fazer o mesmo que eu.

Essa crítica não se estende a todos os hypes. Apenas àqueles pseudo-intelectuais. Se você gosta dessas coisas de hype, mas nunca encheu o saco de ninguém, sinta-se a vontade pra rir dos outros. Eu ouço CAKE e sei que deveria me envergonhar. Mas todos têm defeitos.

Agradecimentos ao amigo Luis Milanese.

domingo, 15 de março de 2009

Os 10 maiores vocalistas de Rock

Há algum tempo atrás, o Tonoba pediu que escrevêssemos pra ele uma lista baseada na lista que o site NME publicou. Uma lista com os 10 melhores vocalistas do Rock de todos os tempos.

Como eu gosto mesmo é de causar conflito e polêmica, coloquei a minha, com as devidas explicações do porquê.

1. Freddie Mercury (Queen): Simplesmente canta o maior Rock de todos os tempos, pra mim. Bohemian Rhapsody.

2. Robert Plant (Led Zeppelin): Simplesmente ensinou e influenciou todos que vieram depois dele.

3. Geddy Lee (Rush): O cara canta como uma moça e ainda toca baixo e teclado ao mesmo tempo. Ele é incrível a manda muito bem ao vivo.

4. Mike Patton (Faith no More, Mr Bungle, Fantomas, etc, etc, etc): Versátil, demente e extremamente competente ao vivo e em estúdio. Só não está em primeiro pra não dar tanta briga ;)

5. Tom Araya (Slayer): A voz mais insana do Thrash Metal. O cara ainda é um trovão ao vivo, mesmo beirando os 50.

6. Lemmy Kilmister (Motörhead): Atreva-se a falar mal dele. Ele simplesmente é venerado pelos verdadeiros admiradores de Rock and roll.

7. Dave Mustaine (Megadeth) / James Hetfield (Metallica): Por que o Dave? Acho que, para um cara que foi chutado do Metallica, ele toca e canta muito bem. E ao vivo ele ainda manda bem. Tem uma voz diferente de tudo e merece estar aqui. O James está, mas só o James até 1991. Depois disso ele resolveu soprar o microfone em vez de cantar.

8. Peter Steele (Type O Negative): Voz grave, quase um fantasma falando. Ao vivo mantém a linha. Não há o que falar.

9. Phil Anselmo (Pantera, Superjoint Ritual e Down): Não concorda? Tente imitá-lo por um show inteiro ainda cantando Suicide Note pt.II?

10. Ney Matogrosso (Secos & Molhados, solo): Esse aqui é pra criar polêmica. Mas, cá pra nós, ouça Secos & Molhados e tente cantar igual. Você não conseguirá. Ele tem um agudo que ninguém tem.

E, pra completar, minha voz feminina favorita:

11. [Numa lista de Top 10?] Kate Pierson (The_B-52’s): A maior voz feminina de todos os tempos (não menosprezando sua parceira Cindy Wilson, também incrível. Apenas questão de gosto – vejam as duas "tias" em ação cantando a famosa "Love Shack" ao vivo em 2000 e confiram.

sexta-feira, 13 de março de 2009

As mudanças na música e no nosso gosto pessoal (e a comparação entre Metallica e Lynyrd Skynyrd)

Em 1991 meu irmão mais velho, então com 11 anos, ligou uma anteninha interna UHF com bombril nas pontas na televisão de casa e sintonizou o que, naquela época, era a maior revolução que a TV já tinha visto: a MTV. O primeiro vídeo-clipe que assisti foi Enter Sandman do Metallica. No mesmo ano, pedi ao meu pai de dia das crianças um LP do Metallica. Eu tinha 7 anos de idade e ganhei o Ride the Lightning . Claro que eu não tinha idéia do que era aquilo, eu só queria "embalar" o gosto do meu irmão mais velho. Mas aquela atitude de criança tentando se encontrar me fez muito do que sou hoje.

Foram madrugadas ouvindo a 97 FM no radinho gravador, sempre com um k7 pronto pra gravar tudo que fosse pesado e diferente. A MTV e a 97 FM me mostraram os primeiros passos sobre música.

1986 Metallica

O Metallica em 1986

Durante muitos anos, fui fã incondicional de Metallica. Depois veio o Faith no More (com Falling to Pieces), o Sepultura (com Orgasmatron) e muitas outras. Uma coisa que elas coincidiam entre si era o fato de serem sempre derivadas do metal. Seja ele heavy, thrash ou qualquer outro rótulo. Eu gostava era de música pesada! Até mais ou menos os meus 23 anos, eu não admitia nada que não fosse ensurdecedor.

Mas, então, percebi que o tempo pode ser cruel. Em 1995, com 11 anos, quando ouvi pela primeira vez o álbum Load, do Metallica, me senti como todos os fãs se sentiram: traído. Cadê o peso? O que era aquilo? "Já não bastavam as baladas Nothing Else Matters e The Unforgiven no álbum anterior e ainda tinhamos de ouvir mais baladas? Pô, Metallica, que porra é essa?", pensava eu. Durante anos eu fiquei puto com esse álbum e com baladas. Em 1999 comecei a ouvir o que era a nova onda da música (o tal do new-metal) e me realizei: "Coal Chamber e Machine Head não fazem baladas!" E era isso ai mesmo, mais pesado que isso não haveria.

Só que o tempo passou. Comecei a apreciar uma boa cerveja e percebi que, as vezes, a gente não tá afim de ouvir new, heavy, death, thrash metal core. E ai, coloquei uma das músicas que eu mais odiava do Metallica: Mama Said. E comecei a enteder a razão da música ser o que é. E entendi que, por trás de bandas de thrash, heavy, new metal core, existem influências. E que essas influências mudam tudo. Percebi que, ao ouvir Mama Said, eu estava ouvindo algo muito próximo de Lynyrd Skynyrd e do southern rock, que são influências de muitas bandas que estão ai hoje. E o melhor de tudo, percebi que, de vez em quando, ouvir algo menos pesado e barulhento, pode ser muito legal também. Comecei então a ouvir mais Rock and Roll, ampliei meu horizonte e percebi que podemos conviver, sim, com mudanças no estilo de uma banda. Hoje, ouvindo os dois álbuns do Metallica, Load e Reload, posso afirmar que são bons discos. Claro, não se comparam aos anteriores, mas, se prestarmos atenção, têm ótimos riffs e ótimas baladas (não vou entrar aqui no mérito dos álbuns posteriores, porque se eu começar a falar do St Anger eu vou estragar tudo). Juntando os dois, pegando o que há de melhor, temos um bom álbum.

O que quero dizer é que as bandas também envelhecem. Salvo excessões (a nata do thrash), algumas bandas mudam porque seus integrantes mudam. Cabe ao fã gostar (e entender) ou não. Eu mudei. Hoje posso ouvir tranquilamente o Ride the Lightning e o Load, sem me sentir traído. Posso ouvir um rock and roll fino no melhor estilo Motorhead, um rock and roll também fino no melhor estilo Lynyrd Skynyrd e um thrash alemão do Sodom, sem achar que essas bandas não têm nada a ver entre elas. A verdade é que essa segregação de estilos só existe aqui no Brasil, mas isso fica pra outra hora.

Conclusão, o rock and roll e suas vertentes continuam ai sendo muito bem feitos. Ah, a MTV que citei no começo está muito distante da MTV glbt de hoje.

quinta-feira, 12 de março de 2009

A volta do Faith No More

Não posso deixar de comentar. Afinal, minha banda favorita está de volta. Sei que o assunto já tá batido pra cacete, mas vou falar de um ponto de vista de fã não xiita.

Faith no More 1997

Faith no More em 1997:
Puffy, Billy, Mike, Jon, Roddy

Primeiro, vamos aos fatos:

  • o Faith No More encerrou as atividades há 11 anos. Era um momento onde ninguém mais conseguia manter a sanidade na banda. Todos estavam de saco cheio de todos (talvez não o então guitarrista Jon Hudson, afinal ele estava na banda há pouco tempo) e resolveram acabar enquanto ainda dava. Saíram no topo.
  • Mike Patton, o vocalista na época, nunca foi muito fã de um tipo de música específico. Com isso, ele foi formando ao longo dos anos um zilhão de projetos parelelos que sustentaram ele nesses 11 anos.
  • Billy Gould, o baixista e um dos criadores do FNM, ficou pulando de galho em galho, montando pequenas bandas e produzindo outras pra se manter.
  • Mike "Puffy" Bordin, o bateirista e também um dos criadores da banda, tocou com Ozzy Osbourne nesses anos todos (nada mal)
  • Roddy Bottum manteve-se no Imperial Teen. Não deve ter ganho grandes cifras nessa ai.
  • O Jim Martin, guitarrista original da banda, que se desentendeu com Mike e os outros e em 1993 foi chutado, foi criar abóboras gigante em sua fazenda.
  • Já os outros eu não sei o que fizeram nesses tempos.

Mas, onde quero chegar é que, depois de 11 anos tentando, Bill conseguiu trazer a banda de volta. O motivo? Hummm, vamos pensar. Aliás, farei melhor, vamos nos colocar na situação.

Você tem uma banda. Durante os primeiros anos (na época onde o vocalista era o Chuck Mosely), eram uma banda de qualidade do mundo alternativo. Gravaram dois ótimos albuns, mas nunca ganharam lá grande reconhecimento. Ai, trocam o vocalista e tudo começa a acontecer. Música na MTV, turnê mundial, reconhecimento e grana. Um bocado de grana. E o melhor, com música de qualidade! Nos outros álbuns, resolvem arriscar, mudar um pouco o estilo. Mantém a qualidade. Na verdade, melhoram muito, mas o reconhecimento e a grana não são os mesmos. Nunca foram "front line" de nenhum grande evento. Mas vocês continuam. A grana, apesar de tudo, é boa. Gravam mais alguns álbuns, sempre soando bem diferente um do outro. Mas, na cabeça de alguns integrantes, aquilo não é mais o que eles querem. Começam a se desenteder. Em determinado momento, a coisa se torna insustentável e vocês terminam. Afinal, melhor terminar enquanto ainda há dignidade. Mas, depois do fim da banda, muita coisa acontece. Nesses 11 anos separados, vocês notam que muitas bandas se dizem influenciadas por vocês. Vocês percebem que a música que fizeram em outra década, ainda faz a cabeça da molecada que está chegando agora. Percebem que depois do fim da banda, o respeito aumentou muito. E, melhor ainda, descobre que tem gente querendo pagar muita grana pra ver vocês tocando juntos de novo.

E AI, EU PERGUNTO. O QUE VOCÊ FARIA?

Pergunto isso, porque vejo em vários lugares (especialmente no orkut), pessoas comentando e criticando negativamente essa volta. Dizendo que é apenas um caça-níqueis. Ora, mas e se for? Será que a banda não fez por merecer ganhar essa grana? E você, que gosta da banda, não pagaria uma grana boa pra revê-los? Não é justo que cada trabalhador ganhe seu dinheiro? A música é o trabalho desses caras e eles fizeram tão bem feito que estão pagando caro para vê-los de novo! Os esportistas não fazem isso também?

Por isso, caros amigos. Parem de criticar. Aplauso e resenha positiva não enche barriga de ninguém. É por grana que as bandas tocam, da mesma forma que é por grana que você acorda cedo e vai pro seu trabalho. É tudo a mesma coisa! A diferença é que eles conseguiram fazer o que todos sonham. Eles correram atrás e você, só sabe criticar.

Apenas uma observação: eu não acho justo pagar R$200,00 por um ingresso. Não sei se pagarei pra ver o FNM no Brasil. Mas eu fico quieto no meu canto e faço minha parte, em vez de criticar a banda.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Música para Macho #4

Black Label Society

Ai vamos nós pra mais uma versão do já famoso (??) música para macho. Desta vez, falarei do Black Label Society.

E você pergunta: do whiskey?

Não, meu caro amigo. Mas é algo tão bom quanto.

Black Label Society

Foto retirada de mediamania

Black Label Society é uma banda de heavy metal criada por Zakk Wylde, também guitarrista de Ozzy Osbourne. Só dessa introdução que a wikipedia dá, já imaginamos que, caso você goste de Ozzy, ai vem coisa boa.

Mas o som do BLS é bem diferente do som do nosso vovô Ozzy Osbourne. O Zakk Wylde é um monstro, beberrão e motociclista. Agora, imaginem que um monstro beberrão, as vezes, quer fazer músicas ao seu modo. Conclusão, imaginem as guitarras de Ozzy, com uma base mais distorcida e pesada e uma voz bem grave. Esse é mais ou menos o som do BLS. Lembra um pouco o Pantera (banda qual Zakk tinha grande amizade com o falecido guitarrista Dimebag Darrel), mas menos agressivo e mais bêbado. Completamente bêbado.

O mais interessante da banda é que eles conseguem mesclar baladas açucaradas (Queen of Sorrow, do açucarado Hangover Music Vol. VI - numa breve tradução: Música de ressaca) com porradas de peso e qualidade incríveis (Stronger than Death, do álbum homônimo).

Fizeram um show no Brasil em 2008, abrindo para o vovô Ozzy Osbourne e para o Korn. Mas, na minha opinião, roubaram a noite. A presença de placo do Zakk é marcante. Coisa fina. O som da banda ao vivo é mais agressivo, perfeitamente tocado. Afinal, já tiveram como baixistas Mike Inez (Alice in Chains) e Robert Trujillo (ex-Suicidal Tendencies, Ozzy Osbourne e atualmente no Metallica). Esses caras não topariam tocar com qualquer um!

Se você nunca ouviu falar e pretende começar a ouvir, recomendo fortemente começar pela música Stillborn (link no fim do post), gravada em parceira com o vovô Ozzy. Depois, ouça o primeiro álbum, Sonic Brew e depois o Blessed Hellride. Depois veja o clipe In this river, onde Zakk faz uma homenagem ao seu eterno amigo Dimebag Darrel (Pantera).

Resumindo? Caras, Black Label Society cai muito bem em uma viagem de carro ou um porre com amigos. Se você está afim de ouvir um som pesado e bem tocado, recomendo fortemente BLS. É um metal bem tocado, beliscando o heavy, o metalcore e o rock and roll porcão!

Música para macho #3

Kiss - Nothin' to Lose

Este post, de minha autoria, foi retirado do site coisas de homem

Depois do grande problema que houve no servidor do coisasdehomem (que, além de toda a merda, ainda sumiu com todos os nossos comentários), temos o prazer de reinaugurar a sessão Música para Macho.

Dessa vez, o assunto é uma música apenas e não uma banda, como foram as outras duas edições. A música da vez é Nothin’to Lose, do KISS.

Mas, por que raios essa música?

A maioria das pessoas que ouvem KISS (no Brasil) não se dão conta das letras dos caras.

Prestem atenção à letra dessa:

O KISS dos anos 70 - Paul Stanley, Peter Criss, Gene Simmons, Ace Frehley

O KISS dos anos 70 - Paul Stanley, Peter Criss, Gene Simmons,
Ace Frehley

Nothin’ To Lose

Before I had a baby
I didn’t care anyway
I thought about the back door
I didn’t know what to say
But once I got a baby
I, I tried every way
She didn’t wanna do it
But she did anyway

But baby please don’t refuse
You know you got nothin’ to lose

You got nothin’ to lose

So now I’ve got a baby
And we’ve tried every way
You know she wants to do it
And she does anyway

But baby please don’t refuse
You know you got nothin’ to lose

You got nothin’ to lose
You got, got nothin’ to lose, shake it honey
You got, got nothin’ to lose, oh you know you’re a sweet thing
You got, got nothin’ to lose, oh really mama
You got, got nothin’ to lose, yeah you really can move it.

Ok, você não entende PORRA nenhuma de inglês? Eu ajudo!

Antes de eu ter uma garota eu não dava a mínima
Eu pensava sobre a porta de trás
Mas não sabia o que dizer
Mas agora que tenho uma garota eu tentei todas as maneiras
Ela não queria fazer aquilo
Mas ela fez de qualquer jeito

Então baby por favor não recuse
Você sabe que não tem nada a perder
Você não tem nada a perder

Então agora eu tenho uma garota e nós tentamos todos os jeitos
Você sabe que ela quer fazer isso
E ela faz de qualquer forma

Tá ai.  O que me diz? Uma música de 1974, do álbum de estréia dos caras, e eles simplesmente falam sobre comer o butico da garota. E de uma forma “quase” sutil, que a maioria das pessoas nem se ligou! Claro, fã de verdade de Kiss ká sabia dessas, mas, cá pra nós, a maioria não sabia.

Então, quando vocês quiserem conquistar uma garota que tenha um mínimo nível de inglês, mandem esse som pra ela. Quem sabe a mensagem subliminar não entra cérebro a dentro e você ganha de brinde o outro buraco!

Agradecimentos ao amigão Luis Milanese (Gordo) que sugeriu o tópico.

Música para Macho #2

Tankard

Este post, de minha autoria, foi retirado do site coisas de homem

Depois de algumas tretas geradas pela primeira edição do Música para macho, volto a escrever sobre o mesmo tema. E vou avisando que é mais do mesmo. Outra banda de música pesada com integrantes idem.

Dessa vez, falarei do Tankard. Pra quem não conhece, Tankard é uma banda de thrash/speed metal alemã que, na maioria de suas letras, fala sobre álcool. E não só falam. Os caras se auto intitulam “kings of beer” (reis da cerveja), em uma homenagem à Gambrinus, o patrono da cerveja. E não é marketing apenas! Quando se fala em beber, poucas bandas bebem como essa.

Só de se citar que a banda é alemã, já se imagina o quanto os caras manjam do assunto cerveja. Mas vamos aos fatos.

Tankard

Isso é um tankard

O nome Tankard quer dizer um tipo de caneca, daquelas enormes, onde se bebe muita cerveja.

No começo da carreira, os caras sofreram porque eram considerados apenas um bando de bêbados. Mas ai, provaram que, como todo bom bêbado, sabiam fazer (e gostavam de) boa música e gravaram, em 1986, o primeiro álbum - Zombie Attack - criando um novo “rótulo” musical, o alcoholic metal.

Os caras estão dando a cara a tapa por 25 anos, fazendo música de bêbado, ganahndo mixarias de dinheiro (basta ver o site dos caras, onde eles mesmos posam de modelos pra venderem as camisetas da banda) e sem mudar o estilo musical e nem o tamanho da pança.

Estilo musical esse, digamos, nada comercial.


E, como fatos se comprovam melhores com fotos, ai vai a foto da banda:

Tankard: Frank Thorwarth, Gerre, Olaf Zissel, Andreas  Gutjahr

Tankard: Frank Thorwarth, Gerre, Olaf Zissel, Andreas Gutjahr


E, pra que não hajam dúvidas sobre a graduação alcoólica deles, a foto do Gerre, o vocalista:

Gerre

Clássica pança de cerveja do Gerre!


Basicamente é isso. Se você gosta de thrash metal, acho que o Tankard é um dos melhores exemplos musicais do gênero. Música sem frescura, sem lenga lenga, porrada direta e reta na orelha. Recomendo e assino embaixo essa que é, sem dúvida, uma das bandas mais injustiçadas do cenário mundial. Para um bom começo, tente a coletânea “Best Case Scenario: 25 Years in Beer” e o álbum Kings of Beer. Depois, quando estiver preparado para o baque, ouça o Alien (um EP) e os dois primeiros: Zombie Attack e Chemical Invasion.

Agradecimentos Luis Milanese (Gordo)

Música para Macho #1

Nashville Pussy

Este post, de minha autoria, foi retirado do site coisas de homem

Reparei que o blog está sem referências no quesito musical. Então resolvi escrever sobre música pra macho. Tenho certeza que isso irá criar controvérsias, mas vou citar minhas influências apenas.

Vou começar falando de uma banda chamada Nashville Pussy. O nome já diz tudo: "Xoxotinhas de Nashville". Olha o que a wikipedia fala sobre os caras no primeiro parágrafo:

Nashville Pussy é uma banda estadunidense de rock'n'roll nomeada ao Grammy. A banda surgiu em Atlanta, na Georgia. Muitos de seus sons falam sobre sexo, drogas, bebedeiras, brigas e também sobre rock'n'roll. Suas músicas não são o que é tradicionalmente considerada "amigas da rádio", devido ao uso frequente de terminologia vulgar por parte dos integrantes.

Depois dessa apresentação, se você vier com papo de que não é música de macho, eu ainda posso te mostrar fotos da guitarrista e da baixista:

Karen Cuda, Sandra Bullock, Ruyter Suys

A do meio é a Sandra Bullock, ok?


Se você ainda acha que não é som de macho, escute a música. Se não mudar de opinião, ok. É direito seu ser teimoso e burro!

O nome da banda vem da introdução de Ted Nugent (outro cara foda!) à música “Wang Dang Sweet Poontang” no álbum Double Live Gonzo. O estado onde a banda surgiu, Georgia, é um reduto de caipiras (os famosos red necks) beberrões e briguentos.

Eles têm, até o momento, 5 álbuns lançados: Let Them Eat Pussy, High as Hell, Say Something Nasty e Get Some! e From Hell to Texas.

As letras, em sua maioria, falam de xoxotas, cerveja, treta, ficar doido, briga, mulher e cachaça (redundâncias propositais). Em uma delas, ele diz que encontrou a mina dele dando pra dois caras. Pegou o trabuco dele, ascendeu um cigarro e desceu bala. Se você gosta de clássicos, eles têm uma versão de Highway to Hell do AC/DC muito foda também!

Bom, recomendo fortemente. Muito bom. Se não gostarem, paciência.